PAULO NAVARRO

O dia das fantásticas

Todo ano brincamos que o Dia das Mães não é um simples domingo de maio. Que é todo dia

Por Paulo Navarro
Publicado em 12 de maio de 2019 | 03:00
 
 
Perfumada e cheia de charme, Julia Guimarães no Fasano Belo Horizonte Edy Fernandes

O dia das fantásticas

Todo ano brincamos que o Dia das Mães não é um simples domingo de maio. Que é todo dia. E, sobretudo, hoje, enquanto todos os dias do ano deveriam ser levados a sério, e não apenas uma vez por ano. Afinal, com raras exceções, ser mãe não é apenas uma “profissão”. Ser mãe é uma vocação e, antes de tudo, um ato de fé, uma forma de oração.

O dia das únicas

Quem tem mãe sabe. Principalmente, quem já teve, não teve ou teve por pouco tempo. É nossa maldita fraqueza: valorizar pessoas e coisas só quando as perdemos. Pior para quem faz isso, chorar o leite derramado. E olha que leite, nas mães, é literal. Nosso primeiro e mais sagrado alimento.

O dia das eternas

E, depois do leite, as mães continuam nos alimentando com proteção e muito amor. Somos seus eternos bebês. Mãe é algo tão maravilhoso e sagrado que vai muito além de tudo isso. Mães são nosso porto seguro, nossas melhores amigas incondicionais. Mães são o anjo da guarda dos nossos anjos da guarda. Mães de verdade são, na verdade, deusas. Enorme beijo a todas.

O desatino da rapaziada

Não é à toa a constatação, há muito do desatino no trânsito de BH provocado por motoboys de aplicativos que entregam comida em casa, os “deliveries”. Segundo explicação de um deles à coluna, a loucura é por conta dos fornecedores, que exigem excesso de entregas em curto espaço de tempo. Daí, para não perderem a “corrida”, vale tudo. Por isso, aqui e em todo o Brasil, hospitais apontam o gigantesco número de urgências. E os cemitérios, de hóspedes.

Revolução na revolução

A seguir, compilação de recentes leituras de uma atenta ao tema, nossa colaboradora Sabrina Dutra. O tema é urgente e atual: o fim da contagem de “likes” (curtidas) em fotos e vídeos do Instagram. Escreveu Sabrina: “Na abertura da F8, conferência anual de desenvolvedores do Facebook, dia 30 de abril, em San Jose, na Califórnia, o fundador Mark Zuckerberg confirmou que o Instagram, aplicativo da mesma companhia, está testando o fim da exibição do número de curtidas em fotos e vídeos”.

Revolução na ação

Por enquanto, a função só está disponível no Canadá. Com o objetivo de reduzir a pressão pela busca de “likes”, a contagem deles e das visualizações dos vídeos será mostrada apenas aos donos das contas. De acordo com Adam Mosseri, vice-presidente de conteúdo do Instagram, a ideia é criar um ambiente com menos tensão, em que as pessoas se sintam confortáveis em se expressar, colocando o conteúdo em primeiro lugar, não a popularidade.

Revolução e salvação

Segundo o site de notícias BuzzFeed News, a empresa ainda considera remover a contagem de “likes” por completo e também esconder as métricas dos stories (um dos recursos mais populares do Instagram), hoje exibidas apenas para o dono do perfil. “A mudança vem numa época em que pipocam críticas às mídias sociais, apontadas como vilãs ao incentivarem os usuários, mesmo que indiretamente, a perseguir engajamento para medir sua autoestima”, ressalta Sabrina.

Revolução e redenção

“Nessa ‘fogueira das vaidades’, os mais jovens acabam sendo os primeiros a se queimar. Um estudo de 2017 feito por pesquisadores britânicos (The Royal Society for Public Health in the UK) apontou que o Instagram é a pior mídia social para a saúde mental dos jovens de 14 a 24 anos, despertando sentimentos de solidão, ansiedade, insegurança e uma imagem corporal negativa, particularmente entre as mulheres”.

Lança-perfume

Continua a análise de Sabrina Dutra: “Jill Murphy, editora-chefe da Common Sense Media, organização sem fins lucrativos que estuda o bem-estar digital de menores de idade, mandou muito bem. (...) Jill disse ao BuzzFeed News que a ‘corrida por mais curtidas’ leva crianças a postar mais em vez de refletir sobre o conteúdo de suas postagens. (...) Os jovens podem não pensar, em longo prazo, nas ramificações de cada transmissão e registro digital”, disse. “Embora esteja otimista sobre possíveis mudanças na forma como as empresas exibem métricas de engajamento, Murphy acrescentou que um ajuste não será suficiente para se afastar de uma cultura na qual o desejo de aprovação é primordial.

Continuou Jill Murphy: “É ótimo que a indústria comece a tomar medidas reais e específicas, mas remover o engajamento não é a única solução”. Finaliza Sabrina Dutra: “De qualquer forma, acabar com a exibição de curtidas poderia ajudar na avaliação mais precisa de engajamento no Instagram, já que hoje existem diversos serviços online em que os usuários podem comprar curtidas ou comentários. (...) Será o início da era do engajamento genuíno? E como isso afetará os influenciadores digitais? Veremos!”.

Já no ar a bela e primeira campanha do Movimento Bem Maior, criado pelos empresários Elie Horn, Eugenio Mattar, Rubens Menin e pelo apresentador Luciano Huck. Um edital, disponível no site movimentobemmaior.org, vai selecionar projetos de organizações sociais e/ou grupos comunitários para receber recursos de até R$ 100 mil cada. Os projetos devem ser inscritos até dia 24. Após seleção, os cem projetos escolhidos participarão de votação popular no site do movimento. Conheceremos os 50 vencedores no dia 1º de julho. O desenrolar do processo poderá ser acompanhado pelo site e pelas redes sociais do movimento.

Almoço no Dia das Mães? Dica para dia de restaurantes lotados: o Topo do Mundo contará com chef convidado, programação musical diferenciada e um visual que só a Torre Alta Vila proporciona.