A Polícia Civil da Bahia informou que o piloto da lancha que bateu contra outra embarcação e causou duas mortes na ilha de Boipeba, na região turística no Sul do Estado, é reincidente e estava embriagado quando se envolveu no acidente, na tarde de sexta-feira (29). Segundo a Capitania dos Portos, que também investiga a tragédia, testemunhas informaram que as duas embarcações bateram de frente em um local conhecido como "Rio do Inferno".
Duas pessoas morreram no local após uma das lanchas afundar. Outras duas vítimas, que estavam na embarcação atingida, tiveram ferimentos, entre elas, o piloto. Os dois mortos foram identificadas pela polícia como Mário André Machado Cabral, de 34 anms, e Larissa Fanny Galantini Pires, de 35. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal de Valença, também no baixo sul.
Uma mulher foi encontrada com vida horas depois da tragédia. Ela foi levada para o Hospital Regional de Santo Antonio de Jesus, no Recôncavo baiano, com o quadro de saúde estável. A vítima estava na embarcação que saiu de Valença com destino a Boipeba.
A colisão foi registrada por volta das 15h30, quando as embarcações se chocaram partindo uma delas ao meio. Após colidir, a lancha afundou. A outra lancha vinha no sentido contrário, fazendo um passeio de volta à ilha.
Preso
Segundo a Polícia Civil, o condutor apresentava sinais de embriaguez e foi preso em flagrante. Ele foi encaminhado à Delegacia Territorial de Cairu. O delegado José Raimundo Nery Pinto confirmou, neste sábado (30), que o piloto estava embriagado quando se envolveu no acidente e disse que o suspeito é reincidente. "Teve uma situação, meses atrás, em que ele também fazia uso de bebida alcoólica e se envolveu em um acidente, em que uma pessoa se lesionou levemente", afirmou.
A polícia também apura se o condutor estaria navegando com excesso de velocidade. "Pelo que foi apurado pela Polícia Civil e também pela Marinha, ele seguia com velocidade excessiva", disse o delegado.
O nome do preso não foi divulgado, por isso, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dele. De acordo com a polícia, ele tem licença para pilotar e a carteira, que foi aprendida pela Marinha, está dentro do prazo de validade. (Folhapress)
A Capitania dos Portos da Bahia disse, em nota, que enviou militares ao local ao saber do ocorrido. A Marinha ainda se solidarizou com os familiares das vítimas e disse que vai instaurar um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. Em seguida, o documento deve ser enviado ao Tribunal Marítimo. (Com Folhapress)