Operação Murder Inc.

Quem são Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, presos pela PF no caso Marielle

Prisões ocorreram neste domingo

Por O Tempo
Publicado em 24 de março de 2024 | 09:16
 
 
Domingos Brazão e Chiquinho Brazão Foto: Reprodução / TCE-RJ e Redes Sociais

Os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão foram presos neste domingo (24 de março) na operação Muder Inc., da Polícia Federal, que busca suspeitos pelas mortes da então vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. Eles foram apontados na delação de Ronnie Lessa como os mandantes do crime. A motivação estaria ligada a ocupação de terrenos na Zona Oeste do Rio. Além dos irmãos Brazão, foi preso, também, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, por obstruir as invstigações.   

Chiquinho Brazão é, atualmente, deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro. O parlamentar dividiu a Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante os dois primeiros anos de mandato de Marielle Franco, incluindo em março de 2018, quando ela foi assassinada. 

Chiquinho sempre negou envolvimento no caso e alegava ter boa relação com a vereadora quando dividiram o mandato.

Já Domingos Brazão ocupa, hoje, o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Por ter foro privilegiado, o mandado de prisão dele foi expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Domingos já chegou a ser investigado na chamada CPI das Milícias, em 2008, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ele negou qualquer envolvimento, mas em plenário, já admitiu ter matado uma pessoa quando tinha 22 anos. 

No caso Marielle, o nome de Domingos Brazão foi citado desde o começo da investigação, mas ele sempre negou participação no crime.

A operação Murder Inc.

Conforme a Polícia Federal, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, todos na cidade do Rio de Janeiro.

A ação conta com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.