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ALMG terá grupo de trabalho para continuar atividades da CPI de Brumadinho

Diferente da CPI, que tem prazo regimental para encerrar os trabalhos, as atividades do grupo podem seguir por tempo indeterminado

Por Bruno Menezes
Publicado em 17 de setembro de 2019 | 13:59
 
 
Anúncio foi feito por Agostinho Patrus Foto: Cristiane Mattos/O TEMPO

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai criar um grupo de trabalho para dar continuidade às atividades da CPI da casa que apura as causas da tragédia da barragem de Brumadinho, na região metropolitana. A medida é uma iniciativa dos próprios membros da comissão e foi anunciada na manhã dessa terça-feira (17), pelo presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), durante a entrega do relatório final da CPI.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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“A Assembleia começa hoje um novo momento, de cobrança e acompanhamento de tudo aquilo que foi apurado pela CPI, e eu quero anunciar, em primeira mão, esse grupo de trabalho formado por cada um dos membros da comissão, titulares e suplentes, porque ninguém melhor do que eles que viveram durante esses seis meses, no seu dia a dia, esse sofrimento que a gente vê nos pais (das vítimas) e acompanhou pelos jornais”, disse Agostinho. 
 
A criação do grupo de trabalho vai ser oficializada ainda nesta terça-feira e a vantagem, segundo deputados estaduais, é que diferente da CPI que tem prazo regimental para encerrar os trabalhos, as atividades podem seguir por tempo indeterminado.
 
O relatório final responsabiliza a Vale e pede o indiciamento de 11 de seus dirigentes e funcionários, além de dois auditores da empresa Tüv Süd, responsável por dar o aval sobre a seguranca da barragem. O documento traz ainda 110 recomendações a diversos órgãos inclusive ao governo federal e estadual. 
 
Entre os crimes apontados no relatório estão falsidade ideológica, homicídio simples,lesão corporal, danos simples e qualificado, danos à fauna aquática e poluição qualificada. 
 
O evento desta terça contou com a presença de familiares de pessoas que morreram na tragédia, além de deputados estaduais e autoridades. Durante a entrega do relatório, o procurador geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, afirmou que as informações contidas no relatório vão servir de base para a denúncia que vai ser apresentada pelo Ministério Público, nos próximos dias.
 
“O Ministério Público está trabalhando em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público Federal e nós temos a convicção de que nos próximos dias vamos concluir as investigações criminais e apontar à Justiça os culpados”, pontuou Tonet.