Belo Horizonte vai ganhar, na próxima terça-feira (6), cinco novos “túneis de desinfecção” para higienização dos usuários do transporte coletivo. Os equipamentos serão instalados nas estações Hiper Centro Carijós, Hiper Centro Rio de Janeiro, Barreiro, São Gabriel e Venda Nova. A capital já conta com um túnel de desinfecção, inaugurado na estação Pampulha no dia 4 de agosto.
As estruturas borrifam água ozonizada sobre os passageiros. Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirme, em nota técnica, que não há, até o momento, evidências científicas sobre a eficácia de túneis para a desinfecção de pessoas, o equipamento é eficiente para a higienização e assepsia, segundo o presidente do Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte (Transfácil), Ralison Guimarães.
"É mais uma ferramenta de ajuda no combate à disseminação do vírus, principalmente no transporte público, que é uma área mais sensível e muito importante da cidade. É no sentido de dar um pouco mais de segurança para os nossos clientes", afirma. Segundo Guimarães, o primeiro túnel, instalado na estação Pampulha, tem tido boa aceitação por parte dos usuários.
O projeto e a implantação de cada estrutura custam cerca de R$ 40 mil. A iniciativa é do Transfácil em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). A Prefeitura de Belo Horizonte e a BHTrans apoiam a ideia.
Na prática, funciona assim: cada túnel contém um tanque de 150 litros de água e um gerador de ozônio. Um tubo faz a sucção do ozônio e mistura o gás com a água, formando a água ozonizada.
"Quando as pessoas passam, o sensor de presença liga a iluminação e aciona os aspersores de forma automática. A água ozonizada é menos agressiva que outros compostos químicos utilizados na desinfecção", explica o coordenador do Centro de Desenvolvimento e Treinamento da Indústria 4.0 da Fiemg, Hudson Otávio Gonçalves Elias.
Ele lembra que os túneis não excluem a necessidade da adoção de cuidados preventivos contra o coronavírus, como o uso de máscara e álcool em gel e o distanciamento.