A nova defesa do promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, 53, protocolou junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o pedido para que ele seja julgado por meio de júri popular.
Pinho foi denunciado no dia 30 de abril pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pelo feminicídio de Lorenza Maria Silva de Pinho, com três agravantes - motivo torpe, uso de meio cruel e emprego de recurso para impossibilitar que ela se defendesse.
A reportagem de O Tempo obteve com exclusividade o documento que soma 700 páginas. A solicitação foi expedida junto com a petição de habeas corpus negada na tarde desta quarta-feira (2).
Pinho é promotor de Justiça, por isso, possui a prerrogativa de ser julgado pelo Tribunal de Justiça. No entanto, se o STJ liberar, o acusado poderá ir à júri popular. O órgão terá até 30 dias para avaliar o pedido.
Pinho está preso preventivamente no 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, na região da Pampulha, onde aguarda julgamento.
Estratégia
Especialistas em direito criminal disseram à reportagem que esta é uma boa estratégia da defesa do promotor, pois, levar um caso a júri popular pode ser mais fácil, já que conta com a avaliação de pessoas neutras.
Nossa reportagem tentou falar com a defesa de Pinho, porém, nenhum dos questionamentos feitos a respeito do caso até o momento foram respondidos.