A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (11/7) a Operação Shoah, que visa combater crimes de preconceito e incitação ao ódio contra judeus. A investigação começou após denúncia da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), que alertou as autoridades sobre publicações antissemitas feitas por um perfil em uma rede social.

Segundo a PF, a análise do conteúdo revelou postagens que exaltavam o nazismo, defendiam grupos terroristas e pregavam o extermínio de judeus. Utilizando técnicas de investigação digital, os agentes conseguiram identificar o suposto autor das postagens: um homem residente em Três Pontas, no Sul de Minas.

Durante a operação são cumpridos dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado. O objetivo é reunir provas que confirmem sua participação nos crimes e, se for o caso, identificar outros envolvidos. O suspeito poderá responder pelos crimes de preconceito racial agravado pela divulgação em redes sociais e incitação pública à prática de crimes, cujas penas somadas podem ultrapassar cinco anos de reclusão.

O nome da operação, Shoah, termo em hebraico que significa catástrofe, faz referência ao Holocausto, o genocídio de aproximadamente seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. “A escolha do nome simboliza o compromisso da Polícia Federal no combate a manifestações de ódio semelhantes ao que o nome representa”, informou a corporação.