Uma infestação de caramujos africanos vem preocupando os moradores de Ouro Fino, no Sul de Minas Gerais. Somente nesta semana, a Prefeitura da cidade, que iniciou um trabalho de contenção do animal exótico, introduzido no Brasil na década de 80, recolhou cerca de 1.500 moluscos.
Sem predadores naturais, os caramujos africanos costumam expandir sua população principalmente nos períodos chuvosos. Segundo o município, o animal é hermafrodita e cada um deles pode colocar 400 ovos a cada postura, o que ocorre até cinco vezes no ano.
Além de causar danos ambientais e transmitir doenças, os caramujos também atacam plantações, causando perdas econômicas se não forem controlados.
A chefe da equipe de endeminas de Ouro Fino, Nayara Carvalho, conta que os trabalhadores saíram às ruas com sacos, luvas e lanternas aos locais com maior incidência dos moluscos, enchendo diversos sacos com os animais.
Como descartá-los?
Durante as ações promovidas pela Prefeitura, também foram distribuídas cartilhas aos moradores orientando sobre a forma correta de descarte e como proceder em caso de infestação.
“A forma mais adequada de se eliminar os caramujos africanos é por meio do controle mecânico, que consiste na catação manual destes animais. Após proteger as mãos para pegar os moluscos, a recomendação é acondicioná-los em um saco de lixo e jogar, dentro do saco, sal em quantidade abundante para matar os moluscos.A coleta manual deve ser feita periodicamente até eliminar a infestação do local", detalha Nayara.
Ainda segundo ela, é importante não jogar sal grosso diretamente nos caramujos livres, uma vez que isso pode contaminar o solo e trazer mais riscos à saúde da população.
"As conchas sobrarão no ambiente e se encherão de água de chuva, favorecendo a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana”. explica a chefe de endemias.