Familiares participaram do sepultamento de Lorenza Maria Silva De Pinho, 41, no fim da manhã desta quarta-feira (14), no cemitério Boa Morte, em Barbacena, na região do Campo das Vertentes. Lorenza era esposa do promotor de Justiça, André Luís Garcia de Pinho, principal suspeito de tê-la matado na madrugada do último dia 2 de abril, no apartamento em que eles moravam no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Fato que o promotor nega.
O médico gastroenterologista Bruno Sander, que está com a guarde dos cinco filhos do casal com idades de 2, 7, 10, 15 e 16 afirmou que o clima no enterro foi pesado e as crianças ficaram assustadas. “Cada um tem uma maneira de exteriorizar a perda. Mas elas ficaram bastante assustadas com a maneira como um dos presentes exteriorizou a perda, gritando e chorando muito alto, bem traumatizada. A gente tem sempre que respeitar a dor do próximo, mas isso acabou deixando elas bastante impressionadas com a cena”, explicou.
Dentre os filhos, apenas a criança de dois anos não compareceu ao enterro. O médico diz esperar agora que o laudo que traz as causas da morte de Lorenza seja apresentado em breve. “O esperado é que agora esse laudo do IML não deva demorar, a gente conta com isso. As coisas estão demorando muito mais do que a gente gostaria que fosse. Tomara que essa demora tenha relação com um trabalho bem feito. Eu tenho essa esperança”, afirmou.
De acordo com o pai de Lorenza, o aviador aposentado Marco Aurélio Silva, que mora em Uberaba, no Triângulo Mineiro, a filha será enterrada em Babacena porque familiares dela do lado materno são da cidade.
Como trouxe O TEMPO, o Promotor André Luis Garcia de Pinho, que foi preso no dia 4 de abril, pediu autorização ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para comparecer ao enterro. Segundo o advogado dele, Robson Lucas, o pedido foi feito na noite de terça-feira (13), mas não houve resposta.
A reportagem aguarda um posicionamento do MPMG sobre o pedido.
Relembre
Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, morreu no último dia 2, no apartamento em que morava com a família, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Dois dias depois, a polícia prendeu o marido dela, o promotor André Luís Garcia de Pinho, 51, sob a suspeita de ter matado a mulher. À polícia, ele alega inocência e disse que Lorenza morreu após passar mal e sofrer um engasgo.
A Polícia Civil e a Procuradoria Geral de Justiça de Minas investigam o caso, que corre sob segredo de Justiça. Apesar da liberação do corpo, o laudo sobre a causa da morte de Lorenza não foi divulgado. O Ministério Público promete divulgar o documento só após o término das investigações.