Investigação

Empresários devem fazer testes de HIV após suspeita de seringa reutilizada

A informação é do programa Papo de Política, da Globo News, e dão conta que a mulher mora com uma pessoa portadora do vírus

Sex, 09/04/21 - 07h42
Agulhas e seringas estão entre materiais recolhidos no endereço da enfermeira e em uma clínica, também alvo de cumprimento de mandado | Foto: Polícia Federal/Divulgação

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A falsa enfermeira que supostamente vacinou empresários, políticos e famílias em um apartamento de luxo no bairro Gutierrez, na região Oeste de Belo Horizonte, pode ter se valido de seringas reutilizadas na imunização. Ela mora com uma pessoa testada positivo para HIV, e os advogados dos empresários foram avisados sobre isso, sendo pedido que eles façam exames de detecção de HIV. A informação foi dada pela jornalista Natuza Nery no programa "Papo de Política", da "Globo News", nesta quinta-feira (8).

De acordo com o programa, foram encontradas seringas usadas na casa da mulher, durante busca e apreensão, e há suspeita que elas foram reutilizadas durante a vacinação. 

Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia Federal negou ter feito o pedido de exame para detecção de HIV e ressaltou ainda que a informação de ter havido a reutilização de seringas também não partiu dos canais oficiais da PF em Minas Gerais. 

O caso

Segundo as investigações da PF, Cláudia Mônica Pinheiro Torres, que é cuidadora de idosos, vacinou cerca de 80 pessoas desde o início de março. A história foi descoberta depois de um vídeo que mostrou a mulher supostamente aplicando os imunizantes em uma garagem da empresa de ônibus Saritur em empresários e políticos. 

Ela, no entanto, estaria aplicando as supostas vacinas desde o dia 3 de março e teria atuado também com famílias de um edifício de luxo do bairro Gutierrez. Um empresário que tem um haras e ligado a um dos controladores da Saritur é um dos que recebeu a suposta imunização.

A suspeita é que ela tenha aplicado soro fisiológico nas pessoas, já que havia várias ampolas desse líquido na casa dela. As apurações da Polícia Civil ainda estão em andamento. A PF vai pedir exames laboratoriais das pessoas vacinas para descobrir o que foi aplicado no corpo delas.

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