Políticos mineiros e representantes da Associação Voa Prates — formada por concessionários e usuários do antigo aeroporto da região Noroeste de Belo Horizonte — participaram de um encontro, nesta quarta-feira (24), com o Ministério de Portos e Aeroportos em Brasília. Na reunião os mineiros apresentaram alternativas para retomar o funcionamento do aeródromo, desativado desde 1º de abril deste ano.
Após o evento, o vereador da capital Braulio Lara (Novo), presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da Câmara Municipal de Belo Horizonte, afirmou que o ministro de portos, Márcio França, ouviu a proposta e apresentou uma sinalização positiva.
“A reunião foi positiva. O ministro trouxe uma perspectiva de viabilizar a continuidade do aeroporto Carlos Prates, um importante aeródromo que é base de funcionamento de aeronaves das autoridades públicas e compõe um segmento econômico importante da cidade”, argumentou.
Conforme o presidente da Associação Voa Prates, Estevan Velásquez, o grupo informou à pasta que a retomada da operação deve ocorrer por meio do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que consiste na administração pública buscar ideias junto ao setor privado para definir a melhor forma de gerir um equipamento público.
“Demonstraram que estão dispostos a conversar e ouvir. Vamos tentar rever essa situação. A reunião foi importante para que pudéssemos frisar e apresentar nossa posição. Conseguimos demonstrar a importância do aeroporto para Belo Horizonte. A cidade virou um caos sem o equipamento”, afirmou.
O projeto para manutenção da operação do aeroporto Carlos Prates, citado pela Voa Prates, consiste em melhorar a vocação do aeródromo para formação de pilotos e outras profissões relacionadas à indústria aeronáutica, como mecânicos de aeronaves e engenheiros. A expectativa seria dobrar de 1 mil para 2 mil o número de pilotos formados por ano.
Outra ideia da Voa Prates seria tornar o Hospital Alberto Cavalcanti, localizado ao lado do aeródromo, um 'novo Hospital João XXIII'. “[O aeroporto está] em uma localização estratégica, com acesso rápido à pista de pouso”, acrescentou Estevan.
Questionada sobre a reunião do Distrito Federal, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, em nota, que “aguarda a transferência definitiva da área, pelo governo federal, para a realização de obras”. O município tem a intenção de instalar uma Unidade Pronto Atendimento (UPA), além de 2.000 casas populares na área do aeródromo desativado.