A Justiça de Itabirito, na região central do Estado, determinou nesta quarta-feira (20) que a mineradora Vale apresente nos próximos três dias o Plano de Ação Emergencial (PAE) de um possível rompimento das barragens Forquilha I, II e III que ficam em Ouro Preto. A medida determina ainda que a empresa providencie, no prazo de 72 horas, rotas de fuga para a população que seria atingida em caso de colapso da estrutura, além de implementação de sistema de alarmes e cadastro das famílias, indicando inclusive a existência de pessoas com dificuldade de locomoção. Também é exigido um amplo plano de comunicação com divulgação em meios de imprensa e panfletos para informar os moradores da região sobre os eventuais riscos. 

A ação foi um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que alega que as três barragens da Vale em Ouro Preto estão em "situação de risco" e, em caso de rompimento, os rejeitos atingiriam a região central de Itabirito, além de alguns bairros da cidade.

Ainda de acordo com o MPMG, a distância entre as barragens e os bairros de Itabirito que seriam atingidos pela lama estariam entre 23 km e 60 km. Já o tempo que os rejeitos demorariam para atingir esses locais seria de 1 hora e 27 minutos. Além do centro de Itabirito, seriam atingidos os bairros de Padre Adelmo, São Geraldo, Santa Efigênia, Santa Tereza, Boa Viagem, Praia, Lourdes, Capanema, Nossa  Senhora de Fátima e Esperança.

A decisão  assinada pela Juíza Vânia de Conceição Pinto Borges ordena a Vale em um prazo de sete dias que a Vale realize simulados de evacuação dos moradores e apresente uma estrutura logística para fazer essa remoção. Caso a mineradora descumpra a decisão, ela estará sujeita a multa de R$ 1 milhão por dia.