Polêmica

Marcio Lacerda diz que fechar praça Sete é "forma de terrorismo"

“Um grupo de cem pessoas fechar a praça Sete é um atentado à democracia, uma forma de terrorismo, disse o prefeito da capital na manhã desta sexta-feira (29) em referência a manifestações

Por ISABELLA LACERDA
Publicado em 29 de novembro de 2013 | 11:48
 
 

O prefeito Marcio Lacerda (PSB) criticou, na manha desta sexta-feira (29), os protestos que tomaram conta de Belo Horizonte nessa quinta-feira (28). “Não aceito, não admito um grupo de cem pessoas fechar a praça Sete e Afonso Pena é um atentado à democracia, uma forma de terrorismo”, disse durante o Encontro Estadual de Prefeitos e Prefeitas de Minas Gerais. “As manifestações são bem vindas, mas deveria valer o que conseguimos no ano passado através da Justiça, que era não ocupar mais de um terço da via”, completou.

Centenas de membros da ocupação Rosa Leão e de outros movimentos populares fizeram uma marcha em Belo Horizonte, na manhã dessa quinta-feira (28). O grupo saiu do bairro Zilah Spósito até a prefeitura da capital, no centro. O trajeto escolhido pelos manifestantes foi a avenida Cristiano Machado. A via teve apenas uma faixa liberada e o tráfego ficou bastante lento.

O grupo fechou os dois sentidos da avenida Afonso Pena, em frente à prefeitura, no início da tarde e por volta das 18h10.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que, durante reunião com ocupantes da região do Isidoro, no Vetor Norte da cidade, no dia 30 de julho deste ano, na sede da Urbel, ficou acordado compromisso de que o movimento da área do Isidoro impediria a expansão da ocupação, o que não foi cumprido.

Confusão

Na manhã desta sexta-feira (29), Marcio Lacerda também comentou a confusão durante a reunião do Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) nessa quinta-feira (28). O secretário municipal adjunto de Planejamento Urbano, Marcello Faulhaber, respondeu às críticas das pessoas que acompanhavam a reunião com um gesto obsceno para uma jovem.

“A todo tempo, nós, agentes públicos, temos dificuldade nas conversas, pois as pessoas não respeitam, nos ofendem com palavras e gestos obscenos. O Marcelo infelizmente reagiu e respondeu às ameaças de inclusive acabar com a vida dele em Belo Horizonte. Isso é inadmissível, pois estamos agindo dentro da lei (com o projeto Nova BH), mas ele já pediu desculpas”, disse.