Uma confusão envolvendo quatro policiais militares quase terminou em tragédia no bairro Prado, na região Noroeste da capital, na madrugada desta segunda-feira (11).
"Tudo começou com uma briga em um bar. As motivações ainda não foram esclarecidas, mas, um militar, que estava de folga no estabelecimento, acabou se machucando", disse o porta-voz da Polícia Militar, major Flávio Santiago.
Um outro militar, que também estava de folga e comia um cachorro-quente próximo ao local, viu a briga e foi separá-la. Ele e o militar que foi agredido no bar localizaram uma arma, calibre 38, com um dos agressores. Um deles ainda ouviu o envolvido na briga dizendo "vou buscar outra peça". "Imaginando que peça poderia ser outra arma, os militares resolveram ir até a 9a Companhia da Polícia Militar entregar a arma apreendida e solicitar apoio", acrescentou o major.
Os dois policiais entraram em um veículo em direção à Companhia da PM, com uma arma em punho. Neste momento, outros dois militares passaram pelo local de carro, em uma EcoSport, e avistaram a cena. Sem saber que se tratavam de policiais, eles resolveram seguir os homens, supondo que poderiam ser bandidos, e pediram apoio de guarnições.
No entanto, os militares que estavam inicialmente no bar e estavam a caminho da Companhia da PM perceberam que estavam sendo seguidos. Eles também confundiram os policiais com bandidos e pararam o carro. O militar que havia separado a briga inicial, no bar, efetuou dois disparos em direção aos colegas, até aquele momento não identificados.
Segundo o major Santiago, todos os policiais tentaram informar o fato de serem militares, mas ninguém conseguiu compreender isso em meio à confusão.
Apenas quando viaturas chegaram ao local, o mal entendido foi desfeito. "Aconteceu o que chamamos de 'cluster', quando há essa confusão. Por sorte, ninguém ficou ferido, e a corregedoria da PM está acompanhando o caso", finalizou o major Santiago.
Depois da bagunça, a PM investiga os suspeitos de terem iniciado a briga no bar.