'Muro Limpo'

Operação da PC cumpre mandados contra a pichação na região metropolitana

Dentre os suspeitos estão pessoas de diferentes níveis de classe econômica, com idades entre 20 e 30 anos

Por Bruno Menezes
Publicado em 25 de julho de 2019 | 13:19
 
 
apreensão Foto: Fred Magno

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra suspeitos  de integrarem organizações criminosas responsáveis por promover pichações em patrimônios públicos e privados, na região Metropolitana de Belo Horizonte. Cinco foram cumpridos na capital mineira, um em Esmeraldas, um em Contagem e o último em Ribeirão das Neves. A ação faz parte da operação Muro Limpo da Polícia Civil. 

O delegado Eduardo Vieira Figueiredo, da Delegacia Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), afirmou que em todos os endereços foram encontrados materiais que fazem ligação dos alvos com as infrações. A operação foi desencadeada após infratores picharem o muro da Divisão de Transportes da própria Polícia Civil, localizada no Bairro Santa Efigênia.

“A partir dali a Policia Civil começou a fazer um mapeamento das organizações criminosas que estariam envolvidas não só com aquela pichação, mas com várias outras em Belo Horizonte. Esse mapeamento vem ocorrendo e originou nos mandados de busca e apreensão de hoje”, explicou Eduardo Vieira Figueiredo. 

O delegado afirmou que somados os danos patrimoniais e ambientais,  a atuação dos grupos criminosos já atingem o prejuízo de R$ 1,5 milhão. Dentre os suspeitos estão pessoas de diferentes níveis de classe econômica, com idades entre 20 e 30 anos. Enquanto um dos mandados foi cumprido em uma cobertura de luxo na região da Savassi, em outro os policiais em Aglomerado do Cafezal, área carente localizada na região Centro-sul da capital. “Não existe classe social para essa atuação delituosa”, pontuou o delegado. 

Na casa de um dos alvos foi encontrada uma pequena porção de machonha. O homem foi conduzido para a delegacia e, após ser ouvido, foi liberado. 

A pena para o crime de pichação pode variar de seis meses a um ano, já o crime de dano ao patrimônio pode chegar a três anos de reclusão.