A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte lançará em agosto um “pacotão” de licitação para obras no zoológico. Estão previstas melhorias na infraestrutura, com mais espaços destinados aos animais e a readequação dos já existentes. Também está em negociação a chegada de novas espécies, incluindo gorilas e outras estreantes no local.
O principal objetivo da intervenção é tornar o zoológico um espaço turístico de olho na Copa do Mundo de 2014. Já estão incluídas no projeto da reforma a instalação de sinalização bilíngue, com placas informativas sobre os animais e os espaços a serem visitados, além da reestruturação das jaulas, laboratórios, praças e jardins.
“O projeto prevê a reforma em toda a infraestrutura do zoológico. O espaço é uma mistura de vários recintos, e alguns deles são da década de 70. Então, é necessário que passem por melhorias. A previsão é a de que fiquem prontos no ano que vem”, explicou o diretor da Fundação Zoo-Botânica, Gladstone Correa.
Após a abertura do processo licitatório, a obra deve ser iniciada em até 90 dias. Até que saia a concorrência, três intervenções já estão em andamento: a criação de uma rede de esgoto – antes, o sistema utilizado era o de fossa séptica –, a reestruturação do recinto dos elefantes e a instalação de novos laboratórios e espaço de visitação no borboletário. Essa fase da obra tem previsão de ser concluída em dezembro.
Mesmo enquanto estiver na segunda etapa da reforma, o funcionamento do zoológico será mantido. Segundo a fundação, a obra tem custo estimado de R$ 4,3 milhões, sendo que R$ 3 milhões devem sair dos cofres da prefeitura, que também firmou parceria com a Copasa.
Moradores. O zoológico da capital conta, hoje, com 3.367 animais de mais de 270 espécies. Conforme Correa, está em negociação a chegada de novas espécies de outros países.
“Na obra, faremos a modificação de alguns locais já prevendo a chegada de novos moradores. São espécies que nunca tivemos. Também estamos trabalhando com a possibilidade de novos gorilas”, explicou o diretor da fundação, que prefere manter sigilo sobre quais serão essas espécies.
A coordenadora do curso de turismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Márcia Lousada, afirmou que, para dar ao zoológico um potencial turístico, é importante que novas atrações sejam trazidas. “Em outros países, os zoológicos são grandes atrativos turísticos. Mas todos eles apresentam diferenciais. Em Belo
Horizonte, além de novos animais, é importante um plano estratégico com programações diversificadas”, analisou.