Conselheiro Lafaiete

PC fez corrida para arrecadar dinheiro na compra de remédio de João Miguel

Pai do garoto foi preso na Bahia suspeito de ter roubado R$ 1 milhão arrecadado e ter fugido para a Bahia com o dinheiro

Por Laura Maria
Publicado em 22 de julho de 2019 | 21:20
 
 
Polícia Civil organizou corrida para arrecadar dinheiro para João Miguel Foto: PCMG/divulgação

Com objetivo de ajudar na compra de medicamento para o pequeno João Miguel, cujo pai foi preso suspeito de ter roubado R$ 1 milhão e fugido para a Bahia, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) organizou uma corrida no dia 9 de junho, um domingo, em Conselheiro Lafaiete, no Campo das Vertentes. O evento foi batizado de “Corrida Pela Vida – Salve o João Miguel” e contou com a participação de mais de 500 inscritos.

De acordo com o órgão, o dinheiro arrecadado foi revertido integralmente no custeio do tratamento de João Miguel, de 1 ano e 7 meses e portador de Atrofia Muscular Espinhal (AME), e na compra do remédio Spiranza. Participaram do evento policiais civis de delegaciais de Conselheiro Lafaiete e de Ouro Branco.

O órgão não informou qual foi o montante arrecadado com o evento, mas detalhou que a campanha inteira tinha arrecadado, até então, cerca de R$ 1 milhão. 

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a iniciativa surgiu após os policiais se sentirem “sensibilizados com a luta da criança”. Por isso, tiveram a ideia de promover a corrida. Também participaram do evento familiares e amigos dos agentes.

O caso

Suspeito de arrecadar R$ 1 milhão para tratamento do filho e roubar a quantia doado para compra de medicamentos, o homem de 37 anos foi preso em Salvador, na Bahia, na tarde desta segunda-feira (22). 

Dono e administrador da página "AME João Miguel", que reúne mais de oito mil curtidas no Facebook, o homem criou uma vaquinha online onde conseguiu arrecadar cerca de R$ 1 milhão.

Na descrição do pedido de ajuda, a família explica que a doença é genética, degenerativa e muito rara. Atualmente, o medicamento usado para o tratamento da enfermidade é o "Spinraza", cada dose pode custar R$ 370 mil. 

No entanto, ao invés de usar o dinheiro para tratar seu filho, ele viajou para a Bahia, onde estaria "gastando o dinheiro de maneira indevida", conforme informou a Polícia Civil de Minas Gerais em nota à imprensa. 

A investigação teve início depois que agentes foram informados de que o pai da criança teria aplicado um golpe milionário, assim ele é apontado como estelionatário. Mais informações serão passadas durante coletiva na noite desta segunda-feira (22). (Com Lara Alves e Agências)