Nesta segunda

PM recebe denúncias de massacres em escolas do Barreiro e segurança é reforçada

A Polícia Militar informou que não houve nenhum crime concretizado em relação às denúncias e salientou que ocorrem operações em todas as escolas da região

Por Natália Oliveira e José Vitor Camilo
Publicado em 10 de abril de 2023 | 11:22
 
 
PM reforça segurança em todas escolas do Estado. Foto: PMMG

O medo de massacres nas escolas, nesta segunda-feira (10 de abril), fez com que várias pessoas ligassem para o 190 da Polícia Militar falando sobre possíveis ataques em instituições da região do Barreiro, em Belo Horizonte. A Polícia Militar informou que não houve nenhum fato concretizado e que o policiamento foi reforçado no entorno de todas as escolas da região. Ainda segundo a polícia, são feitas visitas às instituições de ensino e conversas com os diretores. As aulas ocorrem normalmente.

Na semana passada o print de um grupo de Whatsapp ameaçando um massacre em escolas da região do Cardoso, no Barreiro, deixou pais e alunos em pânico. O crime estava marcado para esta segunda e seria na Escola Estadual Álvaro Laureano Pimentel, mas a Polícia Militar e o Estado negaram a informação e afirmaram que as mensagens sobre esse suposto massacre já circulavam na cidade de Itapeva, em São Paulo, que tem um bairro de mesmo nome que o do Barreiro. 

Neste fim de semana também circulou uma lista anunciando de massacres em várias escolas de cidades mineiras, o que levou as forças de segurança de todo o Estado a fazer rondas e seguranças nas instituições de ensino do Estado. Até o momento, não houve registro de nenhum crime. 

Influência em adolescentes é principal risco, diz especialista

Advogado criminalista e pesquisador em segurança pública, Jorge Tassi afirma que o principal problema deste tipo de postagem estar circulando entre os adolescentes é o que ele chamou de "a força da ideia". "A pessoa pode até não ter um interesse inicial no tema, mas ao ver essas postagens, pessoas com dificuldade emocional, que lidam com ansiedade, estresse, depressão, acabam se conectando à ideia", alerta. 

Segundo ele, é importante que esse tipo de postagem seja monitorado e tenha sua origem investigada, para que o autor possa ser responsabilizado. "Essas ideias acabam sendo incutidas na mente das pessoas que têm dificuldade de processar suas emoções. O jovem que se envolve nesse tipo de ocorrência (massacre) está em sofrimento mental, está em dificuldade", completa o especialista.