Dois homens foram presos e dois menores foram apreendidos suspeitos de sequestrarem uma criança de apenas 7 anos na própria casa, em Florestal, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O sequestro ocorreu no dia 16 de junho e, segundo as investigações da Polícia Civil, foi arquitetado por outros dois detentos do Pavilhão 2 da Penitenciária Nelson Hungria.
De acordo com o relato das vítimas, um dos suspeitos, de 33 anos, e um dos menores abordaram a empregada doméstica da casa enquanto ela deixava o lixo do lado de fora, por volta das 8h. Após rendê-la, os dois entraram na casa. A criança de 7 anos e a mãe dela chegaram ao local por volta de 10h e foram rendidos, assim como o pai, que chegou por volta de 11h.
Perto do meio dia, os dois homens saíram da casa em um veículo do tipo Renault Logan, levando a criança. O destino era a cidade de Pequi, a 40 km de Florestal, onde estava localizado o cativeiro. Eles eram aguardados por outros dois comparsas, um de 19 anos e outro menor de idade.
“Lá, os sequestradores exigiram, mediante grave ameaça da família, a quantia de R$ 300 mil. A criança foi mantida em cativeiro por aproximadamente 20 horas”, explicou o delegado do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), Marcus Vinícius Vieira.
Vídeos da criança chegaram a ser enviados para a família para atestar que ela estava bem. O sequestro durou até as 5h do dia seguinte.
“Os investigadores negociaram a liberação, não houve pagamento da quantia e a criança foi libertada na cidade de Pará de Minas. Falaram que iam libertá-la em um trevo no município. Logo após, um popular encontrou a criança e entrou em contato com a polícia”, explicou o delegado.
No dia 7 de julho, a polícia conseguiu prender os dois suspeitos maiores de idade em casa. Eles vão responder por extorsão mediante sequestro, roubo e organização criminosa. Os menores foram detidos e posteriormente liberados.
Dois detentos, de 32 e 35 anos, são os suspeitos de arquitetar o sequestro de dentro da Penitenciária Nelson Hungria. Na cela deles, foram encontrados celulares, supostamente utilizados para comandar a ação.
A Polícia Civil acredita que a família ja vinha sendo monitorada pelo grupo, por terem posses e serem donos de uma empresa do ramo imobiliário.