Análise

Prefeito de Capitólio descarta erro de pilotos em acidente

Cristiano Geraldo da Silva (PP) afirma que tragédia tem 'impacto muito negativo' no turismo da região

Por Gabriel Ronan
Publicado em 09 de janeiro de 2022 | 11:15
 
 
Prefeito de Capitólio, Cristiano Silva Foto: Fred Magno

O prefeito de Capitólio, Cristiano da Silva (PP), descartou, na manhã deste domingo (9/1), qualquer erro cometido pelos pilotos das lanchas atingidas na tragédia com os cânions desse sábado. Em entrevista exclusiva a O TEMPO, o chefe do Executivo municipal disse que a cidade prepara um plano para garantir a segurança geológica dos paredões de pedra. 

"Foi uma fatalidade. A Marinha faz essa fiscalização, e as lanchas  têm a documentação e capacidade máxima. Não tem isso (de superlotação)", afirma o prefeito. 

Ele também opinou sobre o vídeo que circula na imprensa e nas redes sociais no qual outros turistas tentam avisar as vítimas da possibilidade da catástrofe. 

"Eu já pilotei lancha. Ali dentro dos cânions, devido ao volume grande de chuva que estamos tendo, as duas cachoeiras estão com um volume grande de água. Aquilo ali dá um barulho muito grande. E os motores das lanchas também geram um ruído muito grande", explica Cristiano. 

De acordo com Cristiano, a prefeitura vai elaborar um "laudo técnico" para "bolar um plano estratégico de segurança" para evitar novas tragédias. 

Capitólio, conhecida como "Mar de Minas", ganhou popularidade nacional no turismo nos últimos anos. 

Mas, para o prefeito Cristiano da Silva, essa atividade deve ter "um impacto muito negativo" por conta do desastre. 

"É um desastre natural que aconteceu. Foi uma fatalidade que acontece em vários locais do país, mas traz uma imagem muito ruim", avalia. 

A retomada, para o prefeito, começa a partir da elaboração do plano de segurança dos cânions. 

Oficialmente, o Corpo de Bombeiros confirma sete mortes na tragédia. Outras três pessoas estão desaparecidas. 

Neste domingo, as autoridades trabalham para encontrar os ainda sumidos e identificar os corpos resgatados. 

A identificação depende do Instituto Médico-Legal (IML) de Passos, cidade próxima a Capitólio. 

A integridade comprometida dos corpos dificulta os trabalhos das polícias Civil e Federal no IML.