A maioria das pessoas só começa a ter sintomas do infarto agudo do miocárdio quando 70% de pelo menos uma artéria está entupida. É nesse estágio que pode surgir a angina (dor no peito) ou os sinais de infarto " geralmente, o mais identificável é a dor localizada na região medial do peito.
E, segundo os médicos cardiologistas, a partir dessa fase, a angioplastia é a intervenção mais indicada.
"É o melhor procedimento para um paciente com infarto que chegou ao hospital com menos de seis horas de evolução. Os resultados da cirurgia abaixo de seis horas do início do infarto são muito ruins e praticamente não são mais realizados", diz o cardiologista Raimundo Marques do Nascimento Neto, diretor científico do Instituto de Hipertensão Arterial de Minas.
O médico Marcus Vinícius Bolívar Malachias, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, alerta que é preciso fazer um check-up cardiológico periodicamente. O homem que não apresenta tendência genética para doenças cardiovasculares deve fazer o exame a partir dos 30 anos e, a mulher, dos 35.
Quem apresenta hereditarie deve adiantar o check-up em cinco anos (homens aos 25 anos e mulheres aos 30). No check-up, são avaliados o peso, a circunferência abdominal, a alimentação, a atividade física, o tabagismo e a faixa etária. Também é medida a pressão arterial.
O médico pedirá exames laboratoriais, que podem apontar alterações no colesterol total, HDL (colesterol bom), triglicérides e glicose. Dependendo do grau de risco, são pedidos ainda o eletrocardiograma, o teste ergométrico e o ecocardiograma.
"Essa avaliação deve ser feita a cada dois a cinco anos se o risco for considerado baixo", explica Malachias.