Militares do Corpo de Bombeiros trabalharam por aproximadamente cinco horas no resgate das vítimas dos desabamentos de imóveis no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte. Duas pessoas morreram. Em conversa com a imprensa, no início da tarde desta terça-feira (7), o tenente Pedro Aihara, porta-voz da corporação, informou que 65 bombeiros foram empenhados em 13 viaturas.
"A corporação foi acionada por volta de 00h20, as primeiras informações que chegaram para gente era de um colapso estrutural de um prédio. Fizemos um acionamento de reforços, deslocamos e em cinco minutos já tínhamos as equipes no local. Na chegada detectamos que tinham duas estruturas colapsadas" uma de quatro andares e uma de três andares", explicou o militar.
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Segundo ele, o acesso ao local foi muito rápido. Foram usados detectores de vida, que conseguem a detecção de batimentos cardíacos, respiração ou qualquer tipo de ruído.
"Tivemos que tirar muitos escombros. Esse trabalho aqui é muito minucioso, a gente tem uma grande dificuldade de utilizar máquinas pesadas, que podem agravar a situação da vítima. É um trabalho muito manual", detalhou o tenente.
Causas da queda
As causas dos desabamentos serão investigadas pela Polícia Civil. Segundo os bombeiros, não chovia no momento das quedas. "Logicamente, as chuvas que aconteceram antes na região podem ter servido como um dos fatores contributivos, mas quem vai delimitar a causa vai ser a perícia. Foi constatado no local, segundo a própria avaliação dos técnicos da prefeitura, que essa obra não tinha acompanhamento técnico, o que certamente contribuiu de uma forma mais decisiva para que esse colapso acontecesse", detalhou Pedro Aihara.
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Retirada de escombros
Um trator ainda continua no local para a retirada dos escombros. A ação é acompanhada por funcionários da Prefeitura de Belo Horizonte, Guarda Municipal, Defesa Civil e os bombeiros.
"Nesse momento, a gente está fazendo a eliminação de riscos, considerando que, mesmo depois do colapso estrutural, existe a possibilidade daquelas estruturas que não desabaram de oferecem algum risco para as pessoas que estão aqui. A gente faz a detecção para fazer a eliminação dos riscos. Sobre o vazamento de gás, a gente já conseguiu eliminar o grosso desse vazamento, mas o manejo completo disso só vai poder ser feito depois que retirar algumas estruturas que impedem o acesso aos botijões. Não temos a situação de risco de explosão neste momento, mas o monitoramento permanece ", finalizou Aihara.
Matéria atualizada às 14h52