Trabalhadores do transporte público aderem ao primeiro dia  de greve na capital mineira. A reportagem de O Tempo esteve, no início da manhã desta quinta-feira (2), na Estação Diamante, na região do Barreiro. Por lá, quem precisa usar o coletivo para trabalhar reclama que não tem ônibus, como é o caso da atendente de supermercado Luana Dias, de 22 anos. 

Ela saiu de casa às 5h, a pé para pegar na estação a condução fornecida pela empresa para Belo Horizonte.  

"Tive que caminhar a pé quase trinta minutos para chegar na estação. A sorte é que a empresa vai fornecer a nossa ida e volta em um ônibus fretado por causa da greve. Fora isso, não teria como ir trabalhar, nenhum ônibus passou", disse a atendente. 

Já o zelador Márcio Valadares, de 56 anos, não teve a mesma sorte, ele saiu de casa mais cedo, e por isso, chegou na estação às 5h da manhã, e já aguardava há mais de uma hora sem passar nenhum ônibus. 

" Trabalho na Pampulha e já são quase 6h15, se der 8h da manhã, vou mandar para o meu chefe uma foto do ponto e dizer que não vai dar para ir ao trabalho. Pagar uber para mim não tem como, não recebi pagamento ainda", disse o zelador. 

Outros pontos da região

Já na Estação Barreiro, e nos pontos de ônibus da região a situação era a mesma. 

O professor Reinaldo José, de 48 anos, já esperava no ponto há quase 1h30. Ele já estava desistindo de ir ao trabalho. 

" Vou esperar mais 30 minutos, se nenhum ônibus passar vou voltar para casa. Uber tá muito caro, não dá parq bancar ida e volta," disse o professor.