O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) fechou 2019 com um desembolso total de R$ 1,3 bilhão, alta de 2,2% em relação ao ano anterior. O montante estimulou a geração de 22,6 mil empregos e adicionou R$ 974,6 milhões na economia mineira, além resultar em uma arrecadação de R$ 44,2 milhões em ICMS. No período, o Banco atendeu 5.083 empresas de todos os portes e prefeituras – alta de 6% sobre 2018 –, fechando o ano com pelo menos um cliente ativo em 87% das cidades mineiras.

“Embora o cenário econômico ainda seja desafiador para economia mineira, o BDMG conseguiu ampliar o alcance e o volume de seus financiamentos, preservando sua solidez financeira. Revisamos nossa prateleira de produtos para tornar o crédito ainda mais acessível, beneficiando tanto as cadeias produtivas tradicionais, quanto as mais inovadoras, ligadas, por exemplo, à economia sustentável. Ao mesmo tempo, aprofundamos o relacionamento com instituições nacionais e internacionais que possuem o mesmo DNA do Banco, a fim de diversificar a origem dos nossos recursos”, analisa Sergio Gusmão, presidente do BDMG.

Os desembolsos realizados com recursos próprios representaram 56% (R$ 734 milhões) das liberações totais, enquanto 42% (R$ 549 milhões) foram provenientes de repasses de outras instituições. As operações que utilizaram recursos de fundos representaram 2% (R$ 26 milhões) das liberações e tiveram como fonte a FAPEMIG e Fundação Renova.

Com a estratégia de prospectar oportunidades de recursos, o BDMG firmou várias parcerias com os organismos multilaterais. Em 2019, um contrato firmado com o Banco de Investimento Europeu (BEI) garantiu crédito de 100 milhões de euros para financiar projetos de geração de energia limpa e eficiência energética. Foi a maior captação internacional da história do Banco. 

Acordo internacional para obter US$ 36 milhões aos municípios 

O presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Sergio Gusmão, firma nesta quinta-feira (5), em Montevidéu, Uruguai, um Memorando de Entendimentos entre a instituição e o FONPLATA, banco de desenvolvimento multilateral formado por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. O acordo prevê disponibilizar ao BDMG – até o fim do primeiro semestre, quando o contrato definitivo deverá ser assinado – recursos de US$ 36 milhões durante um período máximo de oito anos, visando estruturar linhas de crédito para municípios mineiros.
 
Com a operação, o BDMG será o primeiro banco público brasileiro a acessar os recursos do FONPLATA. “Estamos focados em criar oportunidades de diversificação da origem dos nossos recursos, o que envolve ampliarmos o relacionamento com os bancos multilaterais de fomento. Neste contexto, esta parceria é mais um passo para inserir o BDMG no cenário mundial do mercado de crédito, visando ofertar crédito em condições competitivas para o desenvolvimento de Minas”, afirma Gusmão.
 
Em outubro de 2019, o BDMG já havia dado um passo consistente no mercado internacional, realizando a maior captação internacional de sua história: 100 milhões de euros, provenientes do Banco Europeu de Investimento (BEI), para investimentos com prazos de 10 anos. A primeira parcela destes recursos, de R$ 9,3 milhões, acaba de ser liberada nesta semana. Os recursos são destinados ao financiamento de projetos de energia solar que poderão ser aplicados em todo o Estado.