O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) está com estudos prontos para criar linhas de crédito especiais para pequenos e médios empreendedores de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Ainda sem prazo e valores definidos, segundo o presidente da instituição, Sérgio Gusmão, o objetivo é atrair empresas dos mais diversos segmentos da economia da cidade e diminuir sua dependência da atividade minerária.
Em 2017, o banco, em parceria com a Fundação Renova, havia lançado um fundo para diversificar a economia nas áreas mais impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central do Estado.
“Estamos participando do comitê do Estado e fazendo propostas. O banco tem a capacidade de estruturar projetos e desenhar linhas que atendam uma região que está muito atingida. É uma região que vai precisar se reinventar. São linhas de crédito de todos os tamanhos, desde para empreendedores pequenos e individuais até para instalação de empresas médias e maiores, que já conversaram conosco. Existe uma vasta gama de oportunidades de investimento para essas regiões se diversificarem. Lá temos um potencial turístico muito grande, temos o museu Inhotim também”, afirmou Gusmão, ontem, durante o primeiro Encontro de Economistas-Chefe dos Bancos de Desenvolvimento da América Latina, em Belo Horizonte. Ele garantiu que as conversas já estão bastante avançadas.
Recorde
Até o final do ano, o BDMG deve receber uma linha de crédito da ordem de 100 milhões de euros destinada a projetos relacionados à economia sustentável e renovável. A negociação com o Banco Europeu de Investimento (BEI) é o maior pacote de financiamento já realizado na história da instituição mineira.
“Já está em fase final de negociação. O recurso também chegaria no final desse ano. O banco já teve alguns financiamentos de até US$ 100 milhões, mas esse de agora ultrapassaria isso. Temos em andamento outras conversas com outros parceiros internacionais para diversificar e ter recursos que atendam as diversas necessidades do Estado”, explicou o presidente do BDMG, Sérgio Gusmão.