O controle da Faculdade Batista de Minas Gerais, sediada em Belo Horizonte, mudou de mãos. A Rede Batista de Educação não é mais a controladora da instituição de ensino superior, que passa para o Instituto Pedagógico de Minas Gerais (Ipemig), com dez anos de mercado e cerca de 40 mil alunos.
Com isso, a Rede Batista vai focar no ensino básico, com o Colégio Batista. A instituição pretende expandir para o interior e para fora do Estado.
O valor da transação financeira não foi revelado, em razão de cláusula de sigilo no contrato. A fundadora e presidente do Ipemig, Maria Lucimary Lage, conta que a intenção é investir R$ 1 milhão na faculdade nos próximos meses.
A nova mantenedora passa a ter toda a responsabilidade por administração, finanças e controle acadêmico da faculdade, que não deixará de existir. Em relação aos estudantes, nenhuma grande mudança – pelo menos de imediato.
Eles permanecem matriculados, os valores das mensalidades continuam os mesmos e eles serão certificados pela Faculdade Batista de Minas Gerais. Por volta de 730 alunos estudam no campus no bairro Floresta.
Reformulação
O acordo, chamado de “transferência de mantença”, prevê que o Ipemig utilize a marca Batista pelos próximos cinco anos. “Estamos finalizando nosso planejamento. O que posso adiantar é que iremos abrir novos cursos e, com isso, devemos contratar. Pretendemos fortalecer a marca, que é tradicional no mercado de educação”, diz o diretor acadêmico do Ipemig e da Faculdade Batista, Eduardo Dias.
Uma equipe de transição foi criada, com representantes da Rede Batista de Educação e da nova mantenedora. Ao final de todo o processo, as equipes docente e administrativa serão transferida para o Ipemig.
Nos últimos quatro anos, o instituto adquiriu duas instituições de ensino superior em Vila Velha, no Espírito Santo.
O diretor geral da Rede Batista de Educação, Valseni Braga, observa que a negociação prevê que a gestão acadêmica dos cursos de teologia da faculdade continuará sob a responsabilidade da Rede Batista de Educação.
Ele ressalta que o foco da rede será o ensino básico. “Estamos definindo abertura de unidades em Minas e também fora do Estado”, diz.