Produção angus

Grupos A.R.G. e Super Nosso se unem na venda de carne angus

Na Fazenda Santa Mônica, no Norte de Minas, meta é produzir 4.000 t em 2019

Por Helenice Laguardia
Publicado em 07 de junho de 2018 | 03:00
 
 
Parceria mineira exclusiva. Vitoriano Dornas; e os donos do Grupo A.R.G., Adolfo, Rodolfo e José Géo; com os sócios do Super Nosso, Rafaela, Euler e Rodolfo Nejm Foto: Edy Fernandes

Com quatro décadas, o grupo mineiro A.R.G. – que atua nos mercados da construção pesada, do agronegócio, de óleo e gás, imobiliário, comércio internacional, entre outros – está investindo na produção de carne certificada da raça angus numa de suas propriedades, a Fazenda Santa Mônica, em São João da Ponte, no Norte de Minas Gerais. “Estamos com uma meta de produção de 4.000 t de carne para 2019. Então, é um projeto que vem com uma concepção de ter uma produção com regularidade, com qualidade e com volume atingindo o que não conhecemos em nenhum projeto similar no Brasil”, contou o diretor de agronegócio da A.R.G., Vitoriano Dornas Neto, durante o lançamento da parceria com a rede varejista Super Nosso, no Ateliê Wäls, em Belo Horizonte.

A linha de cortes premium angus será vendida nas 26 lojas do Super Nosso e no e-commerce da rede supermercadista mineira. A previsão inicial é ofertar 120 t de carne todos os meses. O Super Nosso, que fez um investimento na casa dos R$ 13 milhões, é um parceiro exclusivo do Grupo A.R.G. O fundador do Super Nosso, Euler Nejm, disse que na parceria com a A.R.G. foi utilizado o conceito “farm to pay”, ou seja, da fazenda para o consumidor, sem atravessadores. “É uma oportunidade que temos de tornar acessíveis cortes nobres de carne com certificado de origem, com a qualidade angus, com a confiança e a soma das marcas, onde o Super Nosso tem a exclusividade desde a produção e, principalmente, a comercialização da carne”, disse Nejm.

Dornas garantiu que, se o cliente quiser rastrear, por exemplo, a picanha que comprou, isso é possível por meio de um padrão de rastreabilidade de nível europeu. “Estamos trazendo para o mercado de Minas Gerais a qualidade extrema com volume, regularidade e garantia de origem”, disse. 

Para este ano, Dornas calcula que o abate será em torno de 500 cabeças por mês. “É um projeto novo que se iniciou há três anos, então é o primeiro abate para o mercado. A gente vinha acertando o produto. Esperamos um tempo até ter um produto que queríamos de qualidade para poder ofertar. Nos próximos anos, temos metas de ampliar e dobrar o volume para poder atender toda uma cadeia que está buscando cada vez mais esse produto de qualidade”, contou o diretor de agronegócio.

O Grupo A.R.G. tem em torno de 16 mil hectares de terras. “São duas propriedades totalmente concentradas em Minas Gerais: uma em São João da Ponte, que é a fazenda Santa Mônica, que dá origem a esse projeto da carne angus, e outra propriedade em Jequitaí, no Norte de Minas”, informou Dornas. As duas propriedades dão emprego a 300 pessoas. 

Na agricultura de precisão, o projeto é 100% irrigado por pivô central (irrigação de água de subsolo) com gado confinado. Conta ainda com a reutilização de água da piscicultura na irrigação dos pivôs tanto na produção das pastagens quanto na produção dos insumos. Todos os poços da fazenda são monitorados, e o volume de água é medido por meio de hidrômetros. 

“O grupo tem uma responsabilidade social muito grande. Onde o projeto está inserido é uma região que tem uma dificuldade muito grande de chuva, de índice pluviométrico. E o grupo está buscando parcerias para poder fomentar pequenos produtores para poder apoiar nesse projeto levando tecnologia e genética para eles produzirem mais com qualidade e aumentar a rentabilidade na região”, informou Dornas.

Santa Mônica

Abate. Em média, os animais são abatidos aos 36 meses. Já os angus da Fazenda Santa Mônica são com 13 meses, com alto nível de acabamento de gordura, o que garante maciez e sabor superiores.