Diante das paralisações que tomam conta das rodovias brasileiras desde a noite desse domingo (30) em protesto ao resultado das urnas eletrônicas quanto à eleição presidencial, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) repudiou os protestos dos caminhoneiros. Em vídeo gravado e disparado à imprensa, o diretor da entidade Carlos Alberto Litti Dahmer classificou os atos como “ação antidemocrática”. 

"O que estamos vivenciando neste momento no País é uma ação antidemocrática de alguns segmentos que não representam a categoria dos caminhoneiros autônomos, como tem se querido dar o crédito para essa movimentação de não aceitação do resultado das urnas. Isso é antidemocrático. Nós precisamos respeitar o que o povo decidiu. O povo é soberano. E a soberania das urnas determinou que a vitória é do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, disse.

Litti Dahmer também afirmou que a categoria não tem partido político, mas defende os interesses trabalhistas e econômicos dos caminhoneiros. “Nossa pauta de caminhoneiros não é uma pauta política. É uma pauta econômica, pela volta da aposentadoria aos 25 anos de trabalho, pela consolidação do piso mínimo de frete, pelos pontos de parada, pela redução do preço do combustível e a defesa da Petrobras. Isso, independentemente do governo que esteja eleito, é uma luta permanente”, afirmou na gravação. 

Ele também afirmou que a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) precisa ser aceita pela categoria. O diretor da CNTTL afirmou que a volta por cima do atual chefe do Executivo só pode ser feita daqui a quatro anos, por meio das urnas. “(A equipe de Bolsonaro) que se organize, que venha, se não for (eleita), como aconteceu agora, é porque houve a rejeição do povo brasileiro ao governo que estava eleito. Esse projeto foi derrotado. Nós caminhoneiros vamos buscar a nossa pauta. Defender a democracia agora é não participar desses atos de barbárie, esses atos que levam a lugar nenhum”, completou.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou, até o momento, bloqueios ou aglomerações em 11 Estados e no Distrito Federal. Confira a lista:

Centro-Oeste

  • Distrito Federal
  • Goiás
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul

Sudeste

  • Minas Gerais
  • Rio de Janeiro
  • São Paulo

Norte

  • Rondônia
  • Pará

Sul

  • Rio Grande do Sul
  • Santa Catarina
  • Paraná