O preço do barril do petróleo, na cotação mundial, caiu para US$ 96,48 nesta segunda-feira (22). Na sexta-feira (19), estava cotado a US$ 96,72. No início de agosto, o valor superava US$ 100, quando fechou a US$ 100,54 no dia 2. Em 25 de julho, a cotação cravava US$ 105,15. Esse patamar atual, na casa dos US$ 96, se assemelha ao valor registrado no período pré-guerra entre Rússia e Ucrânia. 

O preço do Brent era de US$ 96,84 no dia 23 de fevereiro, véspera da invasão russa, ocorrida no dia 24 de fevereiro. Nesta quarta-feira (24 de agosto), o conflito no Leste de Europa completa seis meses. Neste período, a cotação do petróleo chegou a passar de US$ 120 o barril, o que fez os derivados do petróleo dispararem de preço pelo mundo, inclusive no Brasil, onde o valor do litro da gasolina e do diesel ultrapassou a barreira dos R$ 7.  

Em julho, o Congresso Nacional aprovou um teto para alíquota de ICMS, um imposto estadual, sobre os combustíveis. O que forçou queda no valor da gasolina, principalmente. Hoje, é possível encontrar o preço do litro do derivado do petróleo na casa dos R$ 4,80 em Belo Horizonte. O diesel não recuou tanto de preço, estando acima dos R$ 6 em grande parte dos postos brasileiros.  

Mesmo com a queda do preço da gasolina, os preços da gasolina e do diesel no Brasil continuam acima dos praticados no mercado internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Em média, a gasolina está sendo comercializada no mercado interno com preços 9% mais altos do que no Golfo do México, que serve de referência de preço para os importadores, enquanto o preço do diesel está 8% superior. Com essa recente queda no preço do barril de petróleo, há margem para a Petrobras reduzir os preços dos dois derivados nas refinarias brasileiras, mas ainda não há nenhuma indicação para que isso ocorra.