Quinta edição

FICC leva cerveja e rock and roll para o Mineirão nos dias 18 e 19 de maio

Festival Internacional de Cerveja e Cultura harmoniza nomes da música nacional com rótulos da bebida

Qui, 09/05/19 - 10h40
Criada em 1999 e formada por gaúchos, a banda Cachorro Grande será um dos destaques do festival no domingo, dia 19 | Foto: ficc/divulgação

Uma área de 8.700 m² ocupada por cerca de cem artistas que se concentram em um grande palco de 360° e atraem 20 mil pessoas. São grandiosos os números que envolvem o Festival Internacional de Cerveja e Cultura de Minas Gerais (FICC), que chega à sua quinta edição nos dias 18 e 19 de maio.

O evento continua sua saga de explorar grandes áreas da capital mineira. Já aconteceu no Alphaville, no Parque das Mangabeiras, no Expominas e no Mineirão. Nesta edição continua no estádio, mas ocupa outro setor do estacionamento, de forma a aprimorar o conforto do público.

Como o nome entrega, os segmentos de cultura e cerveja aparecem bem representados na programação. Segundo pesquisa feita pela organização, as bandas de rock dos anos 80 e 90 são as mais apreciadas por essa turma cervejeira, por isso as atrações artísticas se concentram no gênero. Para agradar a esse público nostálgico, Dias de Truta, Gamp, Tianastácia, Camisa de Vênus e RPM tocam no sábado, enquanto os grupos Glasgow9, Plebe Rude, Cachorro Grande, D.a.n.g.e.r.s e Lurex Queen Tribute aparecem no domingo.

A lista de roqueiros fica ainda mais encorpada com a presença da FICC Beer Band, a banda formada especialmente para o evento, que conta com três nomes de relevo: Supla, George Israel (ex-Kid Abelha) e Rodrigo Santos (ex-Barão Vermelho). O guitarrista Marcelinho Guerra e o baterista Glauco Mendes (Pato Fu) complementam o grupo. Eles também se apresentam no domingo.

Um dos responsáveis pela união do quinteto, Mendes antecipa como será o encontro. “Teremos momentos de nostalgia, com clássicos e hits nacionais e internacionais, especialmente dos anos 80”, diz o artista. “O Rodrigo e o George já tocaram juntos, e o Supla faz versões com autenticidade, então teremos músicas do Barão, do Kid Abelha e de bandas da época”, completa o músico.

A presença de Supla parece funcionar como aditivo também entre os músicos, conforme alerta o integrante do Pato Fu. “Ele é a cereja do bolo, pois tem uma veia punk rock que põe lenha na fogueira”, diz.

A oportunidade de tocar em um palco desse porte e todo dedicado ao rock também é ponto destacado pelo guitarrista. “Formar uma banda especialmente para um evento dá esse tom de exclusividade, e é importante porque fortalece o rock, gênero que ficou defasado devido ao fortalecimento de outros estilos”, avalia.

Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus, também promete uma apresentação pensada exclusivamente para os belo-horizontinos. “Estamos lançando nosso DVD e CD duplo e vamos tocar todos os hits do Camisa. É uma espécie de resumo da nossa história de 39 anos de banda que vamos contar em duas horas”, adianta o roqueiro.

Aos fãs de rock que quiserem levar crianças, vale ressaltar que o evento vai contar com espaço kids, brinquedos e monitores. Caso algum desavisado canse da overdose roqueira, uma opção é ir até o espaço circense, onde serão promovidas oficinas gratuitas de números de circo para crianças e adultos.

Cervejarias

Os riffs de guitarra serão harmonizados com os cerca de 400 rótulos de cerveja que estarão à venda nos 50 estandes. Como a produção de cervejas artesanais só cresce no Brasil e em Minas Gerais – a cada dois dias uma cervejaria artesanal é aberta no país, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –, o intercâmbio cultural entre os cervejeiros daqui e de outras cidades continua sendo uma prioridade do festival, que neste ano presta homenagem aos Estados Unidos. Para isso, o norte-americano Jason Buehler, da Denver Beer Company, é convidado especial e retorna a Minas Gerais, após ter participado da primeira edição do evento, em 2015. Junto de cervejeiros locais, ele vai preparar uma cerveja colaborativa. 

Marcas de cervejas premiadas devem disputar a atenção dos roqueiros cervejeiros, entre elas a Bodebrown (PR), Baden Baden (SP), Leuven (SP), Cervejaria Campinas (SP), além das mineiras Verace, Vinil, Capa Preta, Uaimii, Backer, Krug Bier, Sátira, Wäls e inúmeras outras.

Empanadas, petiscos, tropeiro e macarrão são algumas das receitas para os famintos. A organização informa que haverá opções vegetarianas. O evento tem o apoio do jornal O TEMPO e da rádio Super 91,7 FM.

Futuro

Essa expansão cervejeira tem ambições territoriais, conforme prevê Diogo Kfoury, organizador do FICC. Segundo ele, a intenção é realizar o evento em cidades do interior do Estado e também em outras capitais ainda no segundo semestre. 

Administrar uma logística desse tamanho e promover uma experiência agradável ao público são desafios que até agora o festival tem conseguido resolver. “O evento nasceu grande, mas sempre nos preocupamos com deslocamento fácil do público, acesso aos caixas e aos banheiros”, diz Kfoury. 

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