Tecnologia

Cientistas criam robô capaz de se unir, se dividir e se consertar

Autores dizem que inteligência artificial se diferencia das que existem

Por Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2017 | 03:00
 
 
A exposição “Revolução dos Robôs”, em Chicago (EUA), mostra como os robôs revolucionam a vida do ser humano Foto: J.B. Spector / Museum Of Science And Industry/Divulgação

LONDRES, REINO UNIDO. Uma equipe de cientistas desenvolveu robôs capazes de se unirem, se dividirem e até mesmo se consertarem sem perder as funções sensoriais e motoras, segundo um estudo publicado ontem na revista “Nature”.

O trabalho, liderado pela Universidade Livre de Bruxelas, abre portas para a aparição em um futuro muito próximo de robôs que, de maneira autônoma, poderão modificar a própria forma, tamanho e funções.

Os responsáveis pelo experimento lembram que muitos tipos de robôs são controlados por sistemas nervosos robóticos cujos sensores e transmissores, por exemplo, são conectados a um processador central.

Na maioria desses casos, esses sistemas são construídos para que se adaptem exclusivamente à forma do robô, o que limita sua flexibilidade, adaptabilidade e capacidade, detalham os especialistas, entre os quais há membros do Instituto Universitário e de Telecomunicações de Lisboa (Portugal).

A adaptabilidade pode ser melhorada com o uso de robôs modulares, fabricados com múltiplas unidades capazes de formar corpos coletivos. No entanto, os avanços na coordenação e no controle dos robôs modulares foram limitados pelo fato de que essas unidades sozinhas podem gerar um número limitado de corpos coletivos com formas predefinidas.

“Aqui apresentamos robôs cujos corpos e sistemas de controle podem se unir para formar robôs inteiramente novos e reter todo o controle sensorial e motor. Nossos modelos de controle permitem que os robôs exibam propriedades que vão além das de máquinas atuais ou de qualquer organismo biológico”, destacam os autores no texto.

Esses robôs de última geração podem adotar novas formas e tamanhos em resposta a uma tarefa específica ou a uma mudança de meio, ao mesmo tempo em que são capazes de se consertarem, retirando as partes danificadas ou as substituindo.

Em relação às aplicações práticas, os especialistas acreditam que os robôs servirão, por exemplo, para detectar, mover e suspender objetos, como tijolos de construção, apesar de que no futuro não deve ser necessário construí-los para que desenvolvam somente uma tarefa específica.

Autonomia. “Esse trabalho nos aproxima um pouco mais dos robôs que poderão, de maneira autônoma, mudar seu tamanho, sua forma e sua função”, acreditam os cientistas.

Com desodorante. A Next Tecnology já havia desenvolvido uma versão anterior do nariz eletrônico, mas a que será colocada à venda em breve será capaz de pulverizar desodorante e custará US$ 1.200.

Nariz eletrônico

Os seus pés cheiram mal ou são perfumados? Um cão robô japonês dá um veredicto em segundos.

Com seu nariz eletrônico, o cão Hana-chan, com 15 cm de comprimento, criado pela empresa japonesa Next Technology, reage de forma diferente segundo o cheiro dos pés.

Os japoneses são altamente sensíveis aos odores, mas usam pouco desodorante e perfume.

Hana-chan se pronuncia adotando posições diferentes: se agacha muito feliz se os pés cheiram bem e chega a desmaiar se o odor for ruim.