Se existe o mundo espiritual, nele cabem o bem e o mal, certo? “São Paulo já nos alertava para a importância do tema: ‘A nossa luta, de fato, não é contra homens de carne e osso, mas contra os principados e as autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal, que habitam as regiões celestes’”, comenta o escritor Pedro Siqueira, que tem sete livros publicados com 500 mil exemplares vendidos. 

Ele acaba de lançar “Defesa Espiritual: Ensinamentos e Práticas para Aumentar a Força Interior e Combater o Mal” (Editora Sextante), em que oferece diferentes armas para que a pessoa possa criar um cinturão ao seu redor e de sua família. “Uma das práticas mais importantes para a defesa espiritual e psíquica é a oração. Por meio dela, podemos buscar todos os dias a sabedoria e o discernimento, dois dos mais importantes dons do Espírito Santo: o da sabedoria, que nos capacita para compreender em profundidade as verdades divinas e aplicá-las em nossa vida, e o do discernimento, que nos habilita a avaliar com clareza pessoas, situações e fatos, para que, identificando a verdade por trás deles, rejeitemos as influências malignas e os enganos do mundo”, comenta. 

Siqueira ressalta que “o combate espiritual e psíquico não se resume a uma única batalha. Livrar-se de uma ameaça ou um ataque é um processo, que envolve, portanto, diversos atos. É uma luta constante e incessante. Há à nossa disposição armas de eficácia comprovada por exorcistas e pessoas que trabalham com a oração de libertação e que encaram os espíritos malignos de frente: os sacramentos e os sacramentais”. 

Ele explica: “Os sacramentos são ritos sagrados instituídos por Jesus Cristo e confiados à Igreja Católica para a santificação dos fiéis e a celebração da vida cristã. São sete: batismo, confirmação (ou crisma), Eucaristia, penitência (ou reconciliação), unção dos enfermos, ordem e matrimônio”. 

E ainda os sacramentais. “São ritos sagrados ou objetos que têm uma dimensão sagrada, embora não sejam sacramentos no sentido estrito. Entre eles estão, por exemplo, as bênçãos, as procissões, as velas bentas, as medalhas, os escapulários, as águas e os óleos bentos, as imagens e as relíquias dos santos. Ajudam-nos a recordar a presença de Deus em nossa vida e a expressar nossa devoção e confiança n’Ele”, enumera Siqueira. 

Ele revela que um instrumento bastante utilizado pelos espíritos malignos é a nossa língua. “Sim, aquilo que você fala aos outros pode causar problemas duradouros. 

Devemos medir nossas palavras e aprender o tempo adequado para expressá-las aos outros, para que não façamos surgir novos conflitos e, portanto, brechas nas defesas espirituais e psíquicas de nossa família, de nossa comunidade e de nosso ambiente de trabalho”. 

E aí vai outra dica. “Se uma pessoa ou uma família estão em grande conflito contra forças do mal, humanas ou espirituais, deve-se adotar a prática de cozinhar seus alimentos com sal bento. Se em alguma área da sua vida você não consegue derrubar barreiras que, estranhamente, insistem em impedir seu avanço, considere combatê-las com jejum e oração, além de tomar as providências humanas devidas”, sugere Siqueira. 

Ajuda do anjo, de José e Miguel 

Mas o mal é só algo que vem de fora? Será que, espiritualmente, só precisamos nos defender dos outros, e não também de nós mesmos? “Não. Normalmente, a pessoa acaba conformando sua mente às ideias do mundo, àquilo que ela vê nas mídias ou em propagandas no grupo do qual ela faz parte e, com isso, acaba raciocinando da mesma forma. Se suas ideias estão sintonizadas com as ideias daquele grupo, a pessoa acha que está correta e, se algo dá errado na vida dela, a culpa será sempre do outro”, avalia Pedro Siqueira. 

No entanto, emenda: “Temos que conformar nossa mente às coisas do alto, ao que foi ensinado na Bíblia por Jesus e nas cartas do Novo Testamento. Ali está o mapa a ser seguido, pois o conhecimento que vem do alto impede que a pessoa dê forma aos seus pensamentos e sentimentos conforme as coisas do mundo. Temos que ter consciência de que Deus nos deu o livre-arbítrio e que somos responsáveis por todos os nossos atos e as nossas escolhas, e não um terceiro, e não Deus. Essa consciência é libertadora”. 

Além da intimidade com o anjo da guarda, a pessoa que está em uma situação difícil na vida, em especial no plano da defesa espiritual, deve praticar a devoção a são Miguel Arcanjo, o general da milícia celeste. Pode também recorrer a são José, pai de Jesus, para romper as amarras que prendem áreas importantes de sua vida. O homem a quem Deus confiou Seu Filho único. Ele é invocado na Igreja Católica como “terror dos demônios”, finaliza Siqueira. (AED) 

Lançamento  

“Defesa Espiritual: Ensinamentos e Práticas para Aumentar a Força Interior e Combater o Mal” 

Pedro Siqueira 

Editora Sextante 

208 páginas 

R$ 49,90 

Maria Madalena nas águas e nas flores 

A potência do legado de Maria Madalena tem atraído cada vez mais pessoas. “Madalena, arquétipo do sagrado feminino, ressurge com intensidade no despertar da Nova Era e vem com a força das águas, nos ensinando a fazer contato com nossas emoções para que nossas águas internas, símbolo do feminino, possam fluir com leveza, sem se transformar em mágoas (más águas)”, comenta Heloísa Monteiro, terapeuta transpessoal e estudiosa de Maria Madalena. 

Ela vai ministrar no próximo dia 21 (ver agenda) a vivência presencial “Madalena na força das águas e das flores”. “A potência da senhora do manto vermelho se intensifica em momentos especiais, em perfeita harmonia com as águas e com a simbologia das flores que nos presenteiam com mensagens sutis, no equinócio da primavera, no hemisfério sul”, comenta Heloísa. 

Essa vivência foi pensada a partir da experiência pessoal da terapeuta durante quatro semanas em uma jornada mágica nas terras sagradas da França, seguindo os passos de Maria Madalena. “Durante esse percurso, me deparei com uma profusão de flores, desabrochadas no final da primavera e início do verão. Pelo caminho surgiram violetas, pastel-dos-tintureiros, lavandas, papoulas, tílias, peônias, giestas e uma profusão de rosas das mais diferentes variedades”, relembra Heloísa. (AED) 

AGENDA: A vivência “Madalena na força das águas e das flores” acontecerá no próximo dia 21, às 19h, na Casa das Matryoshkas, em Belo Horizonte. Inscrições e informações: (31) 99916-4072.