Coronavírus

Covid: Equador quer aplicar 9 milhões de doses da Sinovac em cem dias

País recebeu neste sábado (29) um lote com 700 mil doses da vacina da farmacêutica chinesa

Por AFP
Publicado em 29 de maio de 2021 | 20:21
 
 
Redução no intervalo entre as doses da vacina da Pfizer em Minas busca evitar aumento de casos Foto: Uarlen Valério

Um lote de 700.000 vacinas da farmacêutica chinesa Sinovac chegou neste sábado (29) ao Equador, onde o novo presidente, Guillermo Lasso, tem como objetivo vacinar nove milhões de seus concidadãos contra o coronavírus nos primeiros cem dias de sua gestão.

“Recebemos 700 mil doses de vacinas Sinovac para imunizar o povo equatoriano”, destacou em sua conta no Twitter o vice-presidente, Alfredo Borrero, que recebeu a carga no aeroporto de Quito.

O governo de Lasso, um ex-banqueiro de direita que assumiu o cargo em 24 de maio, prevê administrar nove milhões de doses de vacinas contra a covid-19 em seus primeiros cem dias de governo.

A carga compreende “500.000 (doses) adquiridas pelo Equador e 200.000 doadas pela China por ocasião da nossa posse”, havia dito anteriormente o presidente na mesma rede social.

Com o novo lote, somam-se “3.446.209 doses, recebidas das farmacêuticas Pfizer, AstraZeneca e Sinovac”, informou o Ministério da Saúde em um comunicado.

O Equador, com 17,5 milhões de habitantes, é um dos países latino-americanos mais castigados pela pandemia. Até este sábado, registrou 424.741 casos (2.427 por 100.000 habitantes) e 20.485 mortos.

Alguns setores afirmam que há uma subnotificação de mortos pelo vírus.

O Registro Civil reportou cerca de 60.000 óbitos a mais entre janeiro de 2020 e abril de 2021 em relação ao mesmo período anterior.

O governo anterior (Lenín Moreno, 2017-2021) tinha fechado a compra de 20 milhões de doses com a aliança americana-alemã Pfizer/BionNTech, a chinesa Sinovac, a sueco-britânica AstraZeneca e o mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além disso, autorizou o uso do fármaco russo Sputnik V e as novas autoridades negociam com a Rússia a provisão deste insumo.

O governo anterior não permitiu a importação a particulares ou governos locais e foi duramente questionado pela demora no processo de imunização.

Até o sábado, 22 de maio, tinham sido aplicadas 1.893.104 doses de vacina e apenas 488.678 pessoas receberam a segunda dose, segundo o ministério, que deixou de fornecer a informação diante da chegada de novas autoridades.

Em abril passado foi registrado novo recorde mensal de contágios no Equador, com 53.107 casos, segundo a universidade americana Johns Hopkins, que registra cerca de 45.000 casos durante o mês de maio.