A pandemia atingiu em cheio uma das principais esperanças de crescimento: a indústria do turismo. Em 13 meses, o setor acumulou uma perda de R$ 341 bilhões, de acordo com o último relatório setorial da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Isso é mais do que as despesas dos ministérios da Educação e da Saúde juntos.
Somente em Minas Gerais, o estudo aponta uma perda de R$ 28,21 bilhões entre março de 2020 e abril deste ano. Enfraquecido pela intensificação das medidas de isolamento, somente nos primeiros três meses deste ano, o segmento, que representa 7,9% dos empregados formais do Estado, fechou 2.130 postos de trabalho, segundo o Observatório do Turismo MG.
São perdas muito difíceis de serem recuperadas, ainda mais em meio à pandemia. As projeções da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE apontam que o crescimento estimado de 18,2% para o turismo neste ano está longe de zerar as perdas de 2020, que passaram de 36% da receita das empresas e dos serviços da área. Ainda mais com o passo lento da campanha de imunização contra a Covid-19 e o fornecimento incerto de insumos para a produção de vacinas no país.
Uma das apostas para a recuperação do setor está no estímulo de parcerias público-privadas para a reabertura gradual, com capacitação de pessoal e adequação das empresas às medidas de segurança sanitária, bem como a promoção dos atrativos – materiais e imateriais, como a culinária e as expressões culturais.
Se gestores, empresas e turistas conseguirem conciliar o incentivo econômico e o cuidado permanente com a prevenção ao contágio, o prêmio será a geração 100 mil empregos até 2022 e o acesso seguro a algumas das maiores belezas existentes no país.