O crime organizado segue avançando em Minas Gerais, e agora mira o bairro Pilar, na região do Barreiro. A suspeita da Polícia Militar é que membros do Comando Vermelho estejam por trás da tentativa de domínio.
Dominar cada vez mais territórios é estratégia básica do tráfico de drogas, e Minas Gerais tem sido alvo das maiores facções do país. Essa disputa por pontos de venda de drogas é o principal motivo dos homicídios registrados no estado e no Brasil.
O tráfico de drogas é a atividade básica do financiamento das facções. Mas elas começam a migrar e se infiltrar em outros meios de obtenção de recursos, como os setores de telefonia, combustíveis e a prática de golpes cibernéticos.
Reportagem de O TEMPO publicada em fevereiro deste ano apurou que as organizações criminosas movimentaram aproximadamente R$ 61,5 bilhões, a cada ano, desde 2022, só na cadeia produtiva de combustíveis.
A supressão dessas facções deve acontecer na raiz do problema. O avanço do crime organizado em Minas Gerais é uma ameaça grave, que demanda ação imediata e deve ser pauta constante nos Três Poderes estaduais.
Políticas de segurança devem se concentrar na integração entre as forças policiais, fortalecendo investigações e patrulhamento. Além disso, é crucial investir em tecnologia para monitoramento e inteligência artificial.
A rastreabilidade de transações financeiras precisa ser aprimorada para dificultar a atuação do crime organizado. Ações conjuntas entre Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público são imprescindíveis para sufocar economicamente a estrutura do crime.
Além disso, políticas sociais devem ser fortalecidas para reduzir a base de recrutamento das quadrilhas. Jovens sem perspectivas de emprego são alvos fáceis para o aliciamento das facções.
Do ponto de vista jurídico, penas mais severas para crimes graves e agilidade na Justiça são essenciais para desmantelar essas organizações criminosas e garantir a segurança da população.
É nos vácuos da inação do Estado que os cidadãos se tornam reféns do crime.