José Reis Chaves

A inteligência espiritual e a mediunidade

Manifestações sutis dos espíritos

Por José Reis Chaves
Publicado em 25 de março de 2024 | 07:00
 
 
Leia artigo de José Reis Chaves sobre espiritismo, mediunidade e inteligência espiritual Foto: Ilustração O TEMPO

Quem crê na inteligência espiritual é espiritualista, como o adjetivo “espiritual” já o diz. Porém, mesmo que o indivíduo seja um descrente e até materialista, ele pode receber influência da inteligência espiritual, principalmente se ele for um médium.  

Um pouco de mediunidade todos temos, por isso é que qualquer pessoa, como dissemos, pode receber pela intuição a influência da inteligência espiritual. E Einstein diz que só se chega à verdade pela intuição. 

Lendo alguns livros sobre esse assunto, entre eles “Desvende o Poder da Inteligência Espiritual”, do dr. Djalma Pinho, PhD em filosofia da teologia pela Florida Christian University, master coach, membro do Institute of Coaching at Mcklen Hospital, a Harvard Medical School Afiliate, empresário e consultor de empresas como o Bradesco e a Sul América. O livro é elogiado por Malafaia, psicólogo e poderoso pastor da Igreja Assembleia de Deus, tido como um “papa” dessa grande igreja, que muito admiro e que só perde em número de adeptos no Brasil para a Igreja Católica e tem muitos fiéis pelo mundo afora. 

Como a inteligência espiritual tem muito a ver com as religiões, elas influem muito no modo de entendê-la. E é sobre ela que vamos falar com muito respeito a todos os modos de nela crerem. 

Os leitores desta coluna já viram à saciedade que, desde priscas eras, sempre houve contato entre nós, chamados de “vivos”, e os espíritos desencarnados. Moisés, em Deuteronômio 18, condena o contato com os espíritos. Se ele condenou esse contato, é porque ele existe mesmo, pois ele não era doido proibir uma coisa que não existe. Mas ele a condenou porque existiam fraudes e comércio com a prática da mediunidade, que são imorais. 

Antes de Kardec criar a palavra “médium”, as pessoas que recebiam espíritos eram chamadas de “pneumatas” (profetas na Bíblia). E os autores bíblicos, quando recebiam um espírito, pensavam que fosse o do próprio Deus, o que é raríssimo. 

O espírito manifestante contata o médium pela mente do médium. E pode haver um contato sutil, que é a intuição que podemos chamar de “inteligência espiritual” em manifestação e que as igrejas cristãs, geralmente, denominam de inspiração do Espírito Santo da Terceira Pessoa Trinitária, mas que, na verdade, é um espírito manifestante, como já era antes da criação da Santíssima Trindade, no Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 381, quando foi oficializado o Espírito Santo. 

E o espírito manifestante até deve ser examinado, para sabermos se é bom ou mau, como recomenda a 1ª Carta de João 4: 1: “Examinai os espíritos (o que o espiritismo mais faz), para dardes crédito só aos bons”, o que nada tem a ver com o Espírito Santo Trinitário... 

(*) Com este colunista “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior. Vídeos de palestras e entrevistas em TVs no YouTube. Seus livros na Amazon, inclusive os que estão em inglês. E a tradução da Bíblia (NT). Cássia e Cléia. contato@editorachicoxavier.com.br