Jose Reis Chaves

José Reis Chaves é teósofo e biblista e escreve às segundas-feiras

Comunismo e socialismo são, na prática, capitalismo estatal

Publicado em: Seg, 12/11/18 - 02h00

Na prática, os regimes comunistas são também capitalistas. Eles até têm também a sua balança comercial. Excepcionalmente, hoje, abordaremos esse assunto, em virtude do momento por que passa o Brasil.

Para Marx, o seu projeto social era científico e não filosófico. Ele se enganou, pois, sua famosa obra “O Capital” é mais filosófica do que científica. É relevante a sua ideia de que o trabalho, por ser fruto do “suor” do trabalhador, é mais importante do que o capital. Mas sem o capital, não existe condição de trabalho. O capital tem que existir mesmo antes da criação de uma empresa que cria novos empregos.

A criação duma empresa pequena exige pouco capital, mas, nem por isso, dispensa-o. Eis um exemplo simples: um indivíduo quer fundar uma padaria, cujo maquinário e outras coisas próprias para sua instalação fiquem em cerca de R$ 200 mil. Se ele não tiver esse capital, ele tem que recorrer a um banco para fazer-lhe o financiamento. Mas é interessante que ele somente o conseguirá, se tiver um patrimônio que garanta o financiamento, patrimônio esse que, por sua vez, é também proveniente de um capital que foi empregado para a sua aquisição. E, também, o capital não é bem do banco, pois vem dos seus correntistas. Mas, sem ele, não se pode criar a padaria que vai dar condições de trabalho para uns dez funcionários, além de pagar impostos municipais, estaduais e federais. Como se vê, o capital é, como se diz, a alma do negócio! E sem ele, não se criariam uma nova padaria e mais uma nova condição de trabalho e de arrecadação de impostos.

Num regime comunista, para os que estão no poder e seus tupiniquins, é tudo uma maravilha. Mas o resto da sociedade, ricos e pobres, que se virem. Aliás, os poderosos desse poder querem até que os ricos ganhem muito dinheiro, pois, assim, eles vão pagar mais impostos e pondo mais capital nas mãos dos poderosos do regime. É com os impostos e as estatizações de novas empresas que esses poderosos comunistas ampliam o poder de seu império econômico. Não é, pois, por acaso, que os que ainda sonham com essa ideologia já “vencida” buscam tanto a riqueza! No Brasil, temos muitos exemplos disso.

Mas o comunismo não deu certo em lugar nenhum do mundo, como não deram certo, também, o absolutismo e o feudalismo. Recentemente, tivemos um exemplo disso envolvendo o ditador Maduro do regime comunista venezuelano e que foi muito divulgado pela mídia internacional. Maduro, em viagem pelo Oriente médio, foi visto como frequentador do mais luxuoso restaurante de Istambul (Turquia), enquanto que a maioria do povo venezuelano passa fome! E, lamentavelmente, em plena campanha eleitoral para presidente do Brasil, os esquerdistas brasileiros fanáticos tiveram a ousadia de elogiar esse ditador venezuelano, mesmo sabendo que esse elogio iria prejudicar seriamente a campanha do candidato esquerdista deles, o “Hadduro”, como ele é chamado na internet.

Realmente, o trabalho é mais importante do que o capital somente no sentido de que ele é produto do “suor” do trabalhador, mas não num sentido generalizado, pois, como vimos, sem o capital do empreendedor para criar mais uma nova empresa, diminui a chance de emprego do trabalhador, podendo ele se tornar mais uma vítima do fantasma do desemprego!

PS: Recomendo o livro “Modigliani – Mistérios a um toque de Amor”, de Alex Ribeiro do Prado, Ed. Chico Xavier.

 

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