Alguns leitores de minha coluna em O TEMPO de 16/6/2025 (“Sem a morte de Jesus, iríamos para o inferno?”) pedem-me para eu fazer outra coluna falando mais sobre o assunto. Tentarei, pois, fazê-lo.

Jesus, em nome de Deus Pai nos ensinou muito a prática do perdão e até de amor incondicional para com os nossos inimigos. (Mateus 5: 39 a 42). E Ele, Jesus, nos deu outros ensinamentos de Deus Pai, semelhantes ao citado. Ele estranhamente nos enviou seu Filho muito amado para que fosse, cruelmente, assassinado, a fim de que Deus Pai, que não sofre com os nossos pecados, os perdoasse. Mas seria mesmo verdade que Deus Pai exigiu o grave pecado do assassinato de seu Filho tão amado?
Vejamos ensinos de Deus Pai que o excelso Mestre nos trouxe. 

Perdão e reconciliação

Se você estiver no altar fazendo ofertas a Deus, e se lembrar de que não está bem com alguém, interrompa-as e vá primeiro reconciliar-se com esse alguém. E somente depois, volte ao altar para continuar suas ofertas a Deus. (Mateus 5: 23 e 24)

Por esse ensinamento, até fica claro que é mais importante estarmos em paz com nossos semelhantes do que fazermos ofertas a Deus que nunca precisa delas! 

Outro exemplo: Se alguém lhe der um tapa na face, apresente-lhe o outro lado para receber outro tapa, em vez de reagir. (Mateus 5: 39). Com esse exemplo, fica evidente que devemos perdoar sempre os nossos semelhantes.

Inferno incompatível com Deus Pai

A criação do inferno, tal qual é descrito e aceito por uma parte dos teólogos e Dante Alighiere em seu famoso poema “A Divina Comédia”, é incompatível com o que é Deus Pai, isto é, amor. (1 João 4: 8). 

Ele, o inferno, pelos que creem nele, seria um lugar de sofrimentos atrozes sempiternos (para sempre), pois, segundo os teólogos defensores da existência dele, trata-se de um castigo de Deus para com os que não viveram de acordo com os Mandamentos do Decálogo e outros criados pelas igrejas cristãs inspiradas nele.

Dimensão espiritual

Na verdade, os espíritos desencanados estão na Dimensão Espiritual ou Mundo Astral que muitos chamam de Céu, Purgatório, Inferno, Devacã etc. Porém, muitos teólogos já disseram que o inferno está vazio. Isso é outra maneira de dizer que ele não funciona ou até mesmo que ele não existe. 

Creio que do jeito que ele foi e é descrito, ele não deve existir mesmo. Como vimos, Deus, que é Amor Infinito, jamais o poderia ter criado. Sua criação por Deus seria uma incongruência e até mesmo, como diz o título dessa coluna, um pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo do Deus Pai Amor Infinito e contra também o Espírito Santo – a alma –, pois é contra a voz da nossa própria consciência!

PS: Com este colunista, professor de português e literatura aposentado, “O Espiritismo na Bíblia” na TV Mundo Maior e palestras e entrevistas em TVs (YouTube e Facebook). Seus livros estão, também, na Amazon, inclusive, os em Inglês, e a tradução da Bíblia (N.T.) contato@editorachicoxavier.com.br Cassia e Cléia.