Uma carta assinada por 61 entidades entre centrais sindicais e associações de advogados, juristas e categorias públicas pede que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), “reaja às ameaças” do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral e se manifeste “claramente contrário a qualquer aventura golpista”.
O documento, entregue a Pacheco nesta quarta-feira (3), afirma que Bolsonaro vem “atacando de forma periódica, reiterada e sistemática o sistema eleitoral brasileiro, dirigindo-lhe críticas infundadas, dúvidas e afirmações desprovidas de respaldo técnico e racional”.
Segundo o texto, as urnas eletrônicas, ao longo das últimas décadas, vem aprimorando e fazendo evoluir o sistema eleitoral brasileiro. As entidades apontam que ao criticar o modelo, Bolsonaro quer provocar instabilidade no país.
“Tais agressões [...] servem a um único propósito: o de gerar instabilidade institucional, disseminando a desconfiança da população brasileira e do mundo acerca da correção e regularidade das eleições brasileiras”.
O grupo pede que o manifesto seja lido por Rodrigo Pacheco no plenário do Senado e da Câmara dos Deputados. O senador ainda não sinalizou se fará isso.
Porém, na reabertura dos trabalhos do Legislativo, nesta quarta, Pacheco fez um pronunciamento em defesa das urnas eletrônicas e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre as entidades que assinam o documento, também estão movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), sindicatos de categorias como bancários, advogados e professores e o grupo de advogados Prerrogativas.
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