O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) minimizou as críticas feitas ao presidente Jair Bolsonaro, que se filiou ao PL, partido presidido por Valdemar Costa Neto, condenado e preso no escândalo do Mensalão petista.
Jordy vai se filiar ao PL também e aguarda apenas janela partidária ou fusão oficial registrada na Justiça Eleitoral do PSL e do DEM, que formarão o União Brasil.
De acordo com o parlamentar, nenhum partido brasileiro é 100% limpo e não há nenhum de direita. “Não existe partido de direita no Brasil. Temos partidos de centro e partidos de esquerda. Não temos nenhum partido 100% limpo, que não tenha ninguém com nenhum tipo de processo”, disse o deputado ao justificar a ida ao PL.
Apoiador ferrenho do presidente Jair Bolsonaro, Jordy diz que o problema seria se Bolsonaro e apoiadores acabassem no PT. “A gente não poderia jamais estar em um PT, não só pela questão de ser de esquerda. É um partido que 90% dos seus membros são envolvidos com crimes de corrupção, são condenados”, afirmou.
O TEMPO mostrou no último final de semana que o presidente Jair Bolsonaro deixou o governo nas mãos do Centrão, bloco informal com diversos partidos que se alinham ao presidente em exercício sem analisar ideologia, por exemplo, e formam o popularmente conhecido “toma lá, dá cá”.
Sem citar Valdemar Costa Neto, o deputado diz que quem já pagou pelo crime que cometeu, “é passado”.
“Agora, se tem alguém que foi condenado, já pagou por isso, é passado. Óbvio que a gente não compactua com corrupção, não será jamais prática nossa, mas enquanto não tivermos partido de direita, a gente tem que jogar com o que tem. Garantir a nossa eleição, poder disputar com partido grande que vai dar estrutura”, afirmou.
Jordy também afirmou que boa parte da bancada do PSL na Câmara dos Deputados, que foi eleita em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, deve migrar para o PL.
“A grande maioria vai. Eu sou um. Acredito que metade da bancada da Câmara vai para o PL”, disse.
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