CPI DA COVID

Pacheco critica indiciamento de Heinze na CPI: “excesso”

Presidente do Senado diz que não interfere na CPI, mas se manifesta contra pedido de indiciamento de Heinze

Por Levy Guimarães
Publicado em 26 de outubro de 2021 | 15:35
 
 
Rodrigo Pacheco Foto: Reprodução TV Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, criticou o pedido de indiciamento do senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), pelo relatório da CPI da Covid, apresentado nesta terça-feira (26) pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Em nota, Pacheco disse que “nunca interferiu nem interferirá nos trabalhos da CPI”, mas que “considera o indiciamento do Senador Heinze um excesso.” Porém, o senador reitera que “a decisão é da CPI”.

Luís Carlos Heinze foi incluído no parecer por recomendação do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O argumento é que o senador gaúcho repetidamente proferiu informações falsas ao longo dos trabalhos da CPI. Heinze é acusado pelo relatório de “incitação ao crime”.

Por diversas vezes, o senador usou o microfone da CPI para relatar notícias que não têm respaldo científico. Nas reuniões, também exibia placas do "placar da vida", estratégia adotada pelo governo que ignora as vítimas e mostra quantas pessoas se recuperaram da Covid-19 na pandemia.

“Apesar as advertências, o senador Heinze reincidiu aqui todos os dias, apresentando estudos falsos logo negados pela ciência, e pela mentira como incitou ao crime em todos os momentos, eu queria nessa última sessão dar um presente a Vossa Excelência. Vossa Excelência será o 81º indiciado desta CPI”, anunciou Renan,

Além de Heinze, Renan Calheiros pede o indiciamento do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) pelo mesmo delito. Os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Osmar Terra (MDB-RS) e Carlos Jordy (PSL‑RJ), todos com foro privilegiado, também são suspeitos se ter cometido o crime.

Entre aqueles que podem ser investigados pela primeira instância, o relatório pede o indiciamento de oito pessoas por supostamente disseminar fake news.

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