A revista britânica The Economist publicou, nessa quinta-feira (21), uma reportagem onde afirma que o Lula apresentado no filme ‘Lula, o Filho do Brasil’ é muito bom para ser verdade.
O artigo, com o título de "Lula, higienizado" afirma que o filme mostra o Lula perfeito demais: "estudante perfeito, marido perfeito e um político moderado que repudia a violência".
Um garoto pobre que subiu na vida e as virtudes foram capturadas em close, mas os defeitos, de acordo com o artigo, ficaram na mesa de edição. "(Lula) é bom demais para ser verdade", diz o artigo. Ainda de acordo com a publicação, uma versão com mais realista não diminuiria os méritos da trajetória e das conquistas do presidente brasileiro.
As acusações de que o filme seria uma arma política para ajudar na campanha de Dilma Rousseff, candidata apoiada por Lula para as eleições presidenciais deste ano também são citada pelo autor do artigo. "Beneficiar-se de um pouco do carisma de Lula é a maior esperança para Dilma chegar à presidência em outubro e há sinais de que isso já esteja acontecendo".
O artigo ainda comenta que o filme exemplifica uma nova tendência no mercado do entretenimento. Pois, há algum tempo, não era comum contar história de pessoas ainda vivas e transformá-las em mitos em filmes ou livros. "Gandhi esperou 34 anos após sua morte antes de aparecer nas telas. George W. Bush, em contraste foi vítima de um filme biográfico de Oliver Stone no último ano de sua presidência".