O deputado estadual Léo Portela encaminhou nesta quarta-feira (18) um ofício ao secretário de Infraestrutura e Mobilidade do Estado, Marco Aurélio de Barcelos, e ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, pedindo a suspensão do serviço de transporte coletivo.
Ele, que é presidente da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas na Assembleia Legislativa Mineira (ALMG), justificou que a medida tem intuito de diminuir o fluxo de pessoas dentro dos meios de transportes, considerados, por ele, locais propícios para a propagação do coronavírus.
"Não faz sentido que a gente adote uma quarentena ou medidas de prevenção (do avanço do vírus) se a quarentena não for integral. O transporte público não tem álcool em gel nem máscaras disponíveis para as pessoas. As estações também não. As pessoas são obrigadas a se exporem ao coronavírus talvez no maior ponto focal que existe, que é o transporte público. Como nós iremos conter a pandemia dessa forma?", questiona. "É momento de agir numa quarentena integral, como é feito na Itália e Espanha, não existe quarentena pela metade. Ou você age integralmente, ou não passa de propaganda".
Questionado sobre os trabalhadores que não foram dispensados pelas empresas e que são obrigados a bater ponto diariamente, o deputado pontuou que, se vigorarem medidas como essa, de suspensão do transporte coletivo, isso motivará as empresas a liberarem seus funcionários. "É momento de quarentena. Não é momento de pensar em lucro, é momento de pensar em vidas. Não adianta ter lucro se não há vida. Essa medida é para pensar na vida das pessoas", defende.