A deputada federal Duda Salabert (PDT) comentou as dificuldades enfrentadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para manter mulheres no alto escalão do governo, após a saída de Ana Moser do Ministério dos Esportes; e Rita Serrano da presidência da Caixa Econômica Federal.

Em entrevista ao Café com Política, da FM O TEMPO 91,7, nesta terça-feira (7), a parlamentar afirmou que o cenário não é ideal para que sejam executadas todas as políticas de inclusão esperadas do presidente. Durante a cerimônia de posse, ele subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado por representantes não só de mulheres, mas de pessoas com deficiência, indígenas, professores e outros grupos que prometeu dar mais espaço e visibilidade.

“Eu digo sempre isso, a vitória do Lula não foi a vitória dos sonhos, mas significou a derrota de um pesadelo, que era o Jair Bolsonaro, que construía uma política negacionista, de afronta aos direitos humanos, aos programas sociais e também à democracia, então eu repito, a vitória do Lula nao foi a vitória dos sonhos, mas a derrota de um pesadelo. Esse primeiro ano de governo, de zero a dez, eu avalio com nota seis”

Entre os pontos positivos reconstrução e fortalecimentos de programas sociais e a composição de um corpo ministerial técnico, enquanto entre os aspectos negativos, ela destacou o fato de o governo “ainda ser muito refém do centrão” e a estagnação nos debates relacionados à segurança pública.

“Cara na porta”

Depois de criticar o presidente pelo não cumprimento de promessas feitas na posse, o cacique indígena da tribo Caiapó Raoni fez o que prometeu: decidiu “bater na porta” do petista e cobrar dele mais atenção do governo federal às pautas de interesse dos povos indígenas. 

Na sexta-feira (3), Raoni esteve no Palácio do Planalto na tentativa de ser recebido, mas não deu certo. A agenda cheia do presidente foi a justificativa para Raoni ter dado com a "cara na porta" e voltado sem conseguir falar com Lula.

O combinado com a Secretaria-Geral da Presidência foi que Raoni voltasse à sua tribo, no Mato Grosso, e aguardasse o agendamento de um encontro ainda este mês, antes do dia 26, quando o presidente embarca para Dubai, nos Emirados Árabes, onde participará da Cúpula do Clima (COP28).