O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, classificou como “ataques difamatórios e coordenados” as críticas ao governo devido à participação de uma líder de uma organização criminosa em um evento do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A esposa do líder do Comando Vermelho teria sido recebida, pelo menos em duas ocasiões, por assessores do ministro Flávio Dino, em Brasília.
“Há também por trás disso a tentativa generalizada, por parte de extremistas de direita, de a todo momento fabricar escândalos e minar a reconstrução da política de direitos humanos, uma vez que só conseguem oferecer ao país caos e destruição. Num momento em que o Brasil retoma seu rumo, de forma desesperada, determinadas figuras tentam vincular o governo ao crime organizado”, escreveu Almeida na rede social X.
Na publicação, Almeida cita que Luciane Barbosa Farias participou de um evento organizado pelo Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, indicada como representante da sociedade civil pelo Comitê Estadual do Amazonas. “Nem o Ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do Gabinete do Ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento”, afirmou.
“Os próceres da extrema-direita brasileira não têm compromisso com a verdade nem com Brasil; não têm compromisso com o combate ao crime organizado; se valem de distorções para difamar, caluniar e destruir as conquistas do povo brasileiro”, completou Almeida.
Para mim, é evidente que estes ataques difamatórios, claramente coordenados, têm como alvo central o corajoso trabalho que o Ministro @FlavioDino realiza à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ele manifesto minha solidariedade e justa admiração.
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Nesta quarta-feira (15), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania confirmou em uma nota divulgada à reportagem de O TEMPO em Brasília que pagou as passagens e diárias de Luciane.
Em nota, o ministério disse que "o pagamento de passagens e diárias foi feito a todos os participantes de um evento nacional, com orçamento próprio reservado ao Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) e cujos integrantes foram indicação exclusiva dos comitês estaduais", realizado nos dias 6 e 7 de novembro.
O caso foi publicado, na segunda-feira (13), pelo jornal Estado de S. Paulo. Segundo a reportagem, Luciane Barbosa Farias, conhecida como “dama do tráfico amazonense", é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas. Ele foi preso em dezembro do ano passado no Amazonas.
Flávio Dino nega o caso: "Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa, ou esposa, ou parente, ou vizinho. De modo absurdo, simplesmente inventam a minha presença em uma audiência que não se realizou em meu gabinete", escreveu em sua conta no X, em 13 de novembro.