BRASÍLIA - Agora pré-candidato à presidência da República e com uma folga de 14 meses até as eleições, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), revelou os slogans que nortearão sua campanha durante o encontro nacional do Partido Novo em São Paulo neste sábado (16/8). Adotando o discurso antipetista recorrente em falas anteriores e ainda críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Romeu Zema encerrou sua declaração sob o coro "Brasil pra frente, Zema presidente". Atrás dele, um painel estampava: "Brasil primeiro".

O mineiro atraiu gritos de apoiadores nos muitos momentos em que criticou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e refutou as ações do Supremo. Zema prometeu "varrer o PT do mapa", tendo a seu lado a bancada de deputados federais do Novo, forte grupo de oposição na Câmara, e ainda o senador Eduardo Girão (CE). 

"Vamos chegar a Brasília para varrer o PT do mapa. Vamos chegar a Brasília para acabar com os abusos e perseguições do Alexandre de Moraes. Vamos chegar a Brasília para libertar o Brasil", declarou. "Essas próximas eleições vão decidir o futuro. Vamos ter de acertar as contas com os três maiores inimigos do país: o lulismo, os parasitas do Estado e as facções criminosas", completou. 

A segurança pública e o combate à criminalidade surgiram ali entre as principais plataformas dessa pré-campanha de Romeu Zema. Ele dispensou tempo considerável em seu discurso atacando as facções. "Elas ameaçam transformar o Brasil em um narcoestado", disse. "O que o Brasil precisa fazer é mobilizar todas as forças de segurança contra essas organizações que matam pessoas de bem e que custam tão caro ao país. Temos de agir já", acrescentou. 

Seguindo também a plataforma original do Partido Novo, Zema atacou os supersalários e os penduricalhos. "Todo ano o Brasil infelizmente gasta milhões para sustentar uma casta de privilegiados dentro do Estado", disparou. "Quando se soma tudo isso, supersalários, pensões, mordomias, essa conta ultrapassa R$ 100 bilhões. Reformar o Estado e liquidar os privilégios é decisivo para o Brasil avançar", declarou.

Foi cercado por Marcel Van Hattem (RS), Adriana Ventura (SP), Ricardo Salles (SP) e Luiz Lima (RJ) que o governador de Minas Gerais encerrou sua participação naquele que foi o ponto alto do encontro do Novo. Ele endossou as posições que os parlamentares têm adotado no Congresso Nacional. 

Romeu Zema é a grande esperança do partido para fortalecer bancadas na Câmara e no Senado, com a reeleição de Girão e a eleição de Van Hattem pelo Rio Grande do Sul, e ainda alcançar o apoio maciço da direita em uma frente ampla na corrida pela presidência da República. A união dos nomes da oposição em um grupo só ainda é distante porque outras figuras da direita também têm testado seus nomes no cenário eleitoral. Entre elas o também governador Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás.