A indicação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para a chefia do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) tem sido dada como certa por auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio deve ser feito até o final desta semana.
Nesse meio tempo, o ex-ministro tem sido visto e tratado já como chefe da pasta em suas movimentações pela capital federal. Ele, inclusive, tem conversado com os mais próximos para definir a estrutura da sua equipe no MJSP. Isso é o que tem preocupado o PSB, partido que tem perdido espaço na gestão de Lula.
Isso porque havia uma expectativa de que o secretário-executivo do ministério e homem de confiança de Flávio Dino, Ricardo Cappelli, ocupasse o posto. Assim, a legenda continuaria sendo prestigiada na pasta que conta com um dos maiores orçamentos da Esplanada.
Atual ministro em exercício, Cappelli já respondeu diretamente para Lula em outras ocasiões, como quando foi nomeado interventor da Segurança Pública do Distrito Federal e posteriormente assumindo interinamente o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Tudo isso por desdobramentos do dia 8 de janeiro de 2023.
Mas, Lula parece ter outros planos para o partido. E, para não mudar totalmente a estrutura da pasta, é esperado que o novo ministro mantenha nos cargos o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, além de Cappelli como número 2 do MJSP.
Lewandowski se aposentou compulsoriamente do posto no Supremo em abril deste ano ao completar 75 anos. Desde então tem sido uma espécie de conselheiro do presidente sobre diferentes temas, como judiciário e político. Ele, inclusive, acompanhou Lula em missão oficial na Ásia e na Europa, recentemente.
Dino toma posse oficialmente como ministro do Supremo em 22 de fevereiro deste ano. Mas o esperado é que o presidente decida sobre a sucessão dele ainda neste mês, uma vez que a pasta de Segurança Pública é vista como estratégica para o governo federal, que tem recebido críticas pela atuação na área.