A ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas, Marina Silva, discursou na conferência do clima da ONU, a COP 28, neste sábado (9), e pediu para que todos os países façam um esforço para "tirar o pé do acelerador das energias fósseis", e que todas as nações terão que fazer exceções.
Marina Silva pediu ainda que os países desenvolvidos, por serem mais industrializados, liderem esse processo de transição energética. Diante disso, ela propôs a criação de uma "instância de discussão e negociação para tratar" sobre a eliminação dos combustíveis fósseis dentro da Convenção-Quadro do Clima da ONU.
"Não há mais que falar em soluções isoladas", pontuou. "Se por um lado é clara a necessidade de que todos os países coloquem o pé no acelerador das energias renováveis, por outro, precisamos fazer inadiável e simultâneo esforço de países produtores e consumidores para tirar o pé do acelerador das energias fósseis. O esforço é de todos, mas os países desenvolvidos devem liderar este processo de desaceleração", declarou a minimista que continua nos Emirados Árabes.
Para ministra, é preciso encontrar respostas para a eliminação dos fósseis que considerem as diferenças nacionais e as alternativas de desenvolvimento social e econômico, especialmente em países mais vulneráveis.
Marina também afirmou que as concessões nas negociações não podem ameaçar o objetivo de conter o aquecimento global em 1,5ºC. O Brasil assumiu compromisso de zerar o desmatamento zero da Amazônia até 2030, além disso, tem feito campanha para revisão das metas climáticas, prevista para acontecer sob a presidência brasileira da COP30, em 2025, no Belém do Pará.