O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) conta, desde o início de fevereiro, com escolta da Polícia Legislativa em agendas e viagens. No Paraná, sua terra natal, ele e a família têm proteção especial da Polícia Militar.
As medidas foram tomadas após o Ministério Público do estado de São Paulo identificar um plano para sequestrar e matar o parlamentar, sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), e os filhos do casal.
O MP de São Paulo comunicou Moro e a Polícia Federal. Também ciente da ameaça, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acionou a Polícia Legislativa em 7 de fevereiro para providenciar escolta para o senador.
PF faz operação para interromper plano criminoso
Na manhã desta quarta-feira (22), a PF desencadeou uma operação contra um grupo criminoso que planejava sequestrar e assassinar servidores públicos e autoridades.
Um dos alvos era Moro. Outro seria o promotor de Justiça de SP Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).
Por meio de publicação no Twitter, Moro afirmou que o Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo criminoso que surgiu em São Paulo e hoje age em todo o país em países vizinhos, é quem está por trás do plano.
O senador não revelou mais nomes. A PF disse apenas que há também um promotor de Justiça na mira. O senador anunciou que fará um pronunciamento à tarde, na tribuna do Senado.
Quando era ministro de Segurança Pública, Moro determinou a transferência do chefe da facção, Marcos Camacho, o Marcola, e de outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, Moro defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.
Agentes cumprem 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão
Cerca de 120 agentes cumprem, desde o início da manhã desta quarta, 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão no Distrito Federal e nos estados de Rondônia, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
De acordo com as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontravam nos estados de São Paulo e Paraná.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se manifestou cedo sobre a operação.
A operação foi batizada de “Sequaz”, que se refere ao ato de seguir, vigiar e acompanhar alguém, devido ao método usado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações sobre as possíveis vítimas.
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