Eleições 2022

Kalil afirma que Rodoanel já nasceu ‘dado de presente’ para iniciativa privada

O candidato ao governo de Minas Gerais disse que, caso eleito, irá rever o traçado do projeto proposto por Zema

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 27 de julho de 2022 | 12:12
 
 
Kalil defendeu que haja convergência entre Belo Horizonte, Betim, Contagem e Ibirité antes de projeto ser licitado Foto: Flávio Tavares/O TEMPO

O candidato ao governo de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) afirmou que, caso seja eleito, irá rever o traçado do projeto do Rodoanel Metropolitano defendido pelo governo Romeu Zema (Novo). Em entrevista ao Café com Política, do programa Super N 1ª Edição, da Rádio Super 91,7 FM nesta quarta-feira (27), Kalil fez coro às críticas do prefeito de Betim, Vittorio Medioli (sem partido), e da prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), ao desenho.

Kalil lembrou que o projeto já nasceu “dado de presente” para a iniciativa privada. “Imagine só, uma obra vultuosa como aquela, o projeto foi um presente dos empresários. Já viu empresário dar presente para alguém? Estão dando de presente porque querem fazer o anel e pedagiar”, questionou o ex-prefeito de Belo Horizonte. O pedágio proposto pelo governo de Minas é 1.067% maior do que o da Fernão Dias.

Sobre o Rodoanel, o candidato ao governo de Minas pelo PSD, Alexandre Kalil, disse que o projeto será revisto se for eleito. O rodoanel "foi um presente do empresário, já viu um empresário dar presente para alguém? E porque quer fazer o rodoanel e cobrar pedágio". pic.twitter.com/BdmVOBiOBc

— O Tempo (@otempo) July 27, 2022

De acordo com Kalil, além do “interesse comercial muito alto”, o governo Zema “não sabe fazer”. “Ganhar projeto de presente em uma obra em que o dinheiro é da Vale e custou mortes para cobrar pedágio 1000% maior do que o da Fernão Dias? Que maluquice é essa? Esse é o governo bom e bacana que querem reeleger? Nós estamos discutindo aqui problemas, problemas”, indagou. 

O candidato criticou a condução da infraestrutura por Zema, dizendo que o secretário de Obras, Fernando Marcato, “nunca botou uma bota na vida”. “O Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER) está entregue ao PSDB. Como o PSDB está brigando com o Novo, vai destituir o presidente do DER, que é um órgão técnico que cuida justamente disso”, acrescentou. Conforme mostrou O TEMPO, o diretor-geral Robson Loures balança no cargo diante do impasse entre Novo, PSDB e Cidadania